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Por que o Triângulo?

Por que o Triângulo?

5 FATOS EM FAVOR DOS TRIÂNGULOS

Pesquisas feitas no Brasil e no exterior e a experiência bem-sucedida de outros países não deixam dúvidas de que os triângulos, apresentados e defendidos pelo Idec, são a melhor opção quando o assunto são as novas regras para os rótulos dos alimentos. Entenda porque:

 

1. AS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS INTERNACIONAIS

Estudos científicos apontam que o modelo de advertências, como o proposto pelo Idec à Anvisa, é mais eficaz para informar corretamente o consumidor sobre as reais características de um produto – principalmente quando comparado ao modelo do semáforo nutricional, defendido pela indústria de alimentos não saudáveis.

Segundo um estudo do Nupens/USP (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo) em parceria com pesquisadores do Idec e UFPR, os triângulos chamam mais a atenção do consumidor e são percebidos como mais confiáveis e úteis na hora da compra. Ou seja: com a ajuda dos triângulos, o consumidor sabe identificar mais facilmente um produto não saudável e faz uso dessa informação para tomar a sua decisão de compra.

“Temos evidências concretas de que a adoção de rótulos mais explicativos nas embalagens de alimentos processados é uma das estratégias-chave para o combate à obesidade e ao sobrepeso, hoje epidemias mundiais”

José Graziano Silva, diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)

 
 

2. O SUCESSO DOS ALERTAS NO CHILE

O modelo dos triângulos foi inspirado em parte na experiência do Chile que desde 2016 adota com excelentes resultados um modelo semelhante. Lá, as advertências nas embalagens dos alimentos (que são em forma de octógono) ajudaram a reduzir o consumo de produtos não saudáveis, além de serem facilmente compreendidos por diversos grupos, incluindo os mais jovens

Com o impacto negativo sobre o consumo, diversas empresas anunciaram a reformulação de produtos não saudáveis altos em açúcar, sódio e gorduras - como refrigerantes, cereais matinais, iogurtes e queijos. Esses e outros resultados estimularam a adoção do modelo em países como Canadá, Uruguai, Israel, Peru, dentre outros.

"As crianças no Chile sabem que devem comer [produtos] sem selos ou com pouco selos. Não está proibido comprar ou comer. Mas você já sabe que tem que comer mais moderadamente [um produto com selo] porque tem muito sal, açúcar ou gordura. O grande desafio é fazer as pessoas se alimentarem bem".

Dr. Guido Girard, Senador chileno

 
 

3. O RELATÓRIO DA PRÓPRIA ANVISA

Após quatro anos de debate, a Anvisa publicou em maio de 2018 um relatório preliminar que diz que o modelo de advertências, como os triângulos, é a opção mais eficiente para informar o consumidor sobre as reais características dos produtos. O semáforo nutricional, defendido pela indústria de alimentos não saudáveis, foi completamente desconsiderado pelos técnicos da Agência.

“O modelo de advertência é um passo crucial na direção correta para a criação de um ambiente alimentar mais saudável no Brasil. A liberdade de escolha é um princípio básico nas relações de consumo, mas, para isso, é preciso garantir o acesso à informação correta, precisa e de fácil compreensão.”

Marilena Lazzarini, presidente do Conselho Diretor do Idec

 
 

4. A INCRÍVEL FACILIDADE DE ENTENDIMENTO (ACESSIBILIDADE)

Os triângulos são facilmente identificados e entendidos, sem a necessidade de interpretar muitas informações ao mesmo tempo nem fazer cálculos (ao contrário do que propõe o modelo do semáforo nutricional defendido pela indústria de alimentos não saudáveis). Ou seja, os triângulos podem ser facilmente compreendidos como alertas por crianças, daltônicos e até pessoas não alfabetizadas. Isso porque a presença de um ou mais triângulos já indica ao consumidor que há excesso de algum nutriente crítico para a saúde como sódio, açúcar e gorduras e, quanto mais triângulos, pior o produto. Essa é uma enorme vantagem principalmente quando levamos em conta crianças, adolescentes e analfabetos.

Em relação ao entendimento dos pequenos, uma pesquisa realizada em parceria com o Unicef verificou que imagens que supervalorizam o produto (desenho de um biscoito recheado em seu pacote, por exemplo), cores vibrantes e chamativas, informações sobre sabor, além de personagens nas embalagens e brindes que eles possam, muitas vezes, colecionar são as principais estratégias de marketing que fazem com que elas escolham um alimento. A proposta dos triângulos considera como um problema a comunicação direcionada ao público infantil (como personagens, desenhos e brindes) para produtos com rotulagem nutricional frontal, uma vez que são prejudiciais à saúde.

“Não é preciso nem saber ler para entender a rotulagem do Idec. Quanto mais triângulos, mais problemas”

Maria Edna de Melo , ex-presidente da Abeso (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), presidente do Conselho Diretor do Idec

 
 

5. TEM O APOIO DE NUTRICIONISTAS, MÉDICOS E PESQUISADORES

Mais de 30 organizações das áreas de saúde, bem-estar e direito do consumidor defendem a proposta apresentada pelo Idec, entre elas a Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), a Asbran (Associação Brasileira de Nutricionistas), o CFN (Conselho Federal de Nutricionistas), a SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão), a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

Além disso, especialistas e pesquisadores, referências mundiais no estudo sobre obesidade, diabetes e nutrição em saúde pública de centros como as universidades de São Paulo, de Nova York, de Yale, da Carolina do Norte e de Auckland, já fizeram um apelo às autoridades brasileiras para que esse modelo sirva de guia para as novas regras.

“A maioria das pessoas não sabe interpretar um rótulo corretamente. Com essa padronização, fica mais fácil para a população em geral, incluindo crianças e adolescentes, identificar produtos com nutrientes que, em excesso, provocam avarias à saúde. É um passo importante para promover o controle de doenças como obesidade, hipertensão arterial, diabetes, entre outras”

Virgínia Weffort , presidente do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)