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A mudança das matrizes de energia para fontes renováveis é tema de debate em todo o mundo, já que a maioria dos países ainda utiliza combustíveis fósseis. No Brasil, não é diferente! Contudo, precisamos que esse processo aconteça por meio de uma transição energética justa.
Como um conceito moderno, a justiça energética engloba mais do que ações sustentáveis. Ela propõe a migração gradativa para o uso de fontes renováveis, como solar e eólica, sem desconsiderar aspectos sociais e econômicos. A seguir, detalhamos o assunto.
O que é transição energética justa?
A transição energética justa é um conceito utilizado por organismos internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), para tratar das alterações de matrizes energéticas.
É um termo abrangente que considera todos os aspectos sociais da transição energética. Dessa forma, leva em conta os impactos ao meio ambiente, à economia e à sociedade como um todo.
Nesse contexto, temos que partir de uma perspectiva inclusiva, onde empregos são gerados, há oferta de energia a preço justo, e todas as pessoas tenham acesso à eletricidade. Por isso, é necessário o apoio de todas as esferas da sociedade, incluindo governos nacionais, regionais, investidores, empresas, ONGs e consumidores.
Por que a transição energética precisa ser justa?
No caso do Brasil, a transição energética é urgente. Com um modelo ultrapassado criado no início dos anos 2000, após o racionamento de energia, temos preços altos, serviços ineficientes e conflitos judiciais.
Assim, a reformulação do modelo energético atual surge como uma oportunidade para trazer uma gestão transparente, sustentabilidade, redução de tarifas e o acesso universal à eletricidade. É exatamente aí que entra a justiça!
A reforma do setor elétrico brasileiro pode gerar diversas oportunidades para empresas, trabalhadores e consumidores. Com a implantação de fontes renováveis, surge a demanda por novos empregos.
Já a descentralização das empresas fornecedoras de serviços cria novas oportunidades de negócios, aquecendo a economia. Os consumidores também são beneficiados com maior poder de escolha e acesso a novos tipos de serviços.
Exemplos de transição energética justa no mundo
Até aqui você viu que garantir uma transição energética justa é essencial, certo? Então, como colocar o conceito em prática? Na verdade, podemos nos inspirar em alguns casos de sucesso, como aconteceu na África do Sul, o primeiro país a estabelecer um programa de transição energética.
Mesmo com fontes de energia renovável abundantes, a maior parte da produção do país vem de usinas termelétricas a carvão. Para mudar esse quadro, um pacote de financiamento no valor de US$ 85 bilhões foi oferecido por países como Reino Unido, Alemanha e França.
A iniciativa foi anunciada durante a COP26, que aconteceu em Glasgow em 2021, para ajudar a África do Sul a desenvolver uma infraestrutura de energia limpa. O modelo também se estende a outros países como Indonésia, Senegal e Vietnã.
Desafios da transição energética justa no Brasil
Para que a reformulação do atual modelo energético seja realmente justa, é preciso que as novas soluções sejam colocadas em prática de maneira colaborativa. Isso implica na participação do consumidor, tornando o acesso à informação crucial.
No Brasil, a maioria da população não participa dos debates sobre a transição energética. Esse é um grande desafio e precisa ser superado! Estamos aqui para ajudar nessa missão, trazendo conteúdos relevantes e atualizados sobre o assunto.
Além disso, nosso país insiste em investir em fontes de energia não renováveis, e uma parcela da população não tem acesso à eletricidade. Outro obstáculo é o alto investimento necessário para adotarmos as fontes limpas. Esse quadro só será revertido com a criação de uma política nacional de transição energética.
Como os consumidores podem apoiar uma transição energética justa?
No âmbito social, os consumidores podem impactar as mudanças, sim! O primeiro passo nessa jornada é manter-se informado e ficar a par do que acontece no governo. Conte com a nossa ajuda, trazemos sempre as últimas notícias do setor!
Pequenas ações também podem fazer a diferença, como economizar energia. Outra sugestão é apoiar empresas que adotam práticas responsáveis e sustentáveis, consumindo produtos e serviços de companhias que utilizam energia renovável, por exemplo.
Engajar-se em movimentos que promovem a transição justa também é importante. Você pode assinar manifestos, por exemplo, apoiando iniciativas públicas que defendam o uso de energia limpa e ficando a par do direito do consumidor de energia elétrica.
Ajude-nos a manifestar a nossa indignação contra as “térmicas jabuti”!
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Aproveite para fortalecer ainda mais o movimento em prol da transição justa assinando o manifesto contra as “térmicas jabuti”! Elas vão na contramão de tudo o que defendemos, utilizando usinas térmicas movidas a gás, tornando as contas mais caras e trazendo consequências desastrosas para o meio ambiente.