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Ficar de olho no rótulo é receita de saúde.

Os perigos invisíveis dos alimentos ultraprocessados

Conheça os riscos à saúde que uma alimentação com excesso de açúcar, sódio e gordura saturada pode trazer

Os alimentos e bebidas ultraprocessados se tornaram uma parte significativa da dieta moderna, mas poucos estão cientes dos sérios riscos que eles representam para a saúde. É hora de entendermos os riscos envolvidos e tomarmos medidas para uma alimentação mais saudável.

O crescimento alarmante do consumo

Lupa

Um dos pontos mais preocupantes em relação aos produtos ultraprocessados é o crescimento alarmante do seu consumo. Nas últimas décadas, testemunhamos um aumento significativo da ingestão desses produtos. Eles se tornaram parte importante da dieta de muitas pessoas, substituindo alimentos frescos e minimamente processados.

Um estudo conduzido por pesquisadores de instituições renomadas, incluindo a USP (Universidade de São Paulo), a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e a Universidad de Santiago de Chile, calculou pela primeira vez o número de mortes prematuras no Brasil associadas ao consumo de alimentos ultraprocessados. 

Os resultados são alarmantes: foram cerca de 57 mil óbitos de pessoas com idades que variam de 30 a 69 anos em 2019. Para colocar em perspectiva, esse número supera o total de homicídios registrados no país durante o mesmo período, que foi de 45,5 mil, conforme indicado pelo Atlas da Violência. Essa pesquisa foi divulgada no American Journal of Preventive Medicine.

Definição de alimentos ultraprocessados

Para entender os perigos, é crucial definir o que são os ultraprocessados. Esses produtos são caracterizados por passarem por múltiplos processos industriais e conterem uma grande quantidade de aditivos químicos. Eles são geralmente ricos em açúcar, gorduras saturadas e sódio, mas pobres em nutrientes essenciais.

Pesquisas científicas estabeleceram uma relação direta entre o consumo de alimentos ultraprocessados e doenças graves. Estudos têm demonstrado que esses alimentos estão associados a um maior risco de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e até mesmo câncer. A gravidade dessa ligação não pode ser subestimada.

Além do alto teor de açúcar e sódio, alimentos ultraprocessados frequentemente contêm uma variedade de aditivos químicos, como corantes, conservantes e realçadores de sabor. Essas substâncias podem ter efeitos adversos em nossa saúde em longo prazo.

Embora esses alimentos possam parecer saborosos, geralmente são pobres em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e fibras. Isso significa que eles fornecem calorias vazias, sem os benefícios para a saúde que os alimentos frescos e naturais oferecem.

Por isso, para identificar esses produtos no supermercado e optar por uma alimentação saudável, ler os rótulos dos alimentos e procurar por ingredientes desconhecidos é fundamental.

A introdução de uma nova rotulagem de alimentos é uma medida que traz inúmeros benefícios para os consumidores e para a saúde pública. Com informações mais claras e acessíveis sobre o teor de açúcares, gordura saturada, sódio e outros componentes prejudiciais à saúde nos rótulos dos alimentos, os consumidores têm a oportunidade de fazer escolhas mais informadas e conscientes em relação à sua dieta.

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