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Tá na Mesa | Arquivo - Sua porção semanal de alimentação saudável e sustentável

Arquivo Tá na Mesa -
Edição de 1 de Novembro de 2023

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SUA PORÇÃO SEMANAL DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL

Pipoca, cuscuz, canjica... é tudo uma delícia, mas você conhece a origem do milho? Faremos uma viagem no tempo resgatando histórias, apresentando curiosidades e a importância da valorização do milho ancestral, agroecológico, sem mutação genética.

Tudo começou há cerca de 7,5 mil anos atrás com os povos que habitavam o México explorando as possibilidades de consumo da planta teosinto.

Pra você entender melhor, é a espiga de uma fileira só na imagem acima.

Colocaram o teosinto em contato com o calor e ele virou pipoca!

Assim começaram a plantá-lo em novas áreas, fizeram a seleção natural das melhores sementes e chegaram no formato de milho conhecido na modernidade.

E apesar de parecer que só existe uma linhagem e um formato visual padrão para o milho, saiba que existem muitas raças distintas de milho?

Só aqui no Brasil, uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificou 343 variedades de milhos crioulos.

Aqui vale fazer uma pausa para um resgate rápido: sementes crioulas são aquelas que não sofreram modificação genética.

É por exemplo, pegar um grão de milho durante a colheita e reservá-lo para o plantio seguinte. São grãos passados de geração em geração. Contamos mais sobre o assunto nesta edição aqui.

Voltando para a história do milho, apesar de hoje apenas 5% do montante que é cultivado estar destinado à alimentação humana, ele representou a base alimentar de diversos povos originários. Inclusive, segue sendo um alimento sagrado para os indígenas Guarani Mbya.

São feitas rezas e um ritual de cinzas no solo do plantio para que os espíritos protetores cuidem do plantio e da colheita.

A proteção do milho Guarani e outras variedades agroecológicas livres da transgenia, precisa vir também de políticas públicas eficientes para afastar os milhos transgênicos das plantações orgânicas.

É que o milho transgênico, por exemplo, gera uma flor que tem seu pólen espalhado pelo vento. Se houver plantações de milho não-transgênico próximo, essa plantação acaba se tornando transgênica por consequência.

A Resolução Normativa nº 4, de 2007, produzida pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) estabelece uma distância de 100 metros entre cultivos de milho transgênico e plantações de milho crioulo.

Claro que não é suficiente, não é mesmo?

Mas nós do Idec, junto a outras instituições não-governamentais, temos uma ação correndo no Ministério Público Federal (MPF) e no Supremo, com o pedido de reavaliação da norma acima e batalharemos para mudar esse cenário!

Não é só pela contaminação do milho nativo, as monoculturas de milho transgênico representam um grave problema para o meio ambiente e para a saúde humana.

As lavouras levam altas cargas de agrotóxicos que causam a contaminação do solo e possuem alto potencial cancerígeno no nosso organismo.

Por isso, recomendamos a valorização do milho agroecológico, crioulo, que é uma semente sem modificação genética. Um alimento ancestral passado de geração em geração.

Dê preferência a consumir fubá, amido de milho, arroz, feijão e outros cultivos da agricultura familiar.

Conheça as variedades de milho crioulo, curiosidades, receitas e onde encontrar alimentos orgânicos nesse especial que preparamos.

 

// saindo do forno

LEIA

🥘 Promover alimentação saudável

A reportagem aborda a questão dos extremos provocados pelos desertos alimentares, ou seja oferta fácil e em qualquer lugar com ultraprocessados e os impactos disso na saúde. Folha de São Paulo

ATENÇÃO

👎 Não é nutricionalmente adequado

Enviamos à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) uma denúncia contra a marca Tang por publicidade enganosa em virtude da marca relacionar os produtos ultraprocessados com alimentos saudáveis, como feijão, brócolis, couve, ovos e castanhas. Idec

CONFIRA

🏫 Mudança para além dos muros da escola

A pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)e apoiada pelo IDEC, traz um desdobramento do assunto que abordamos recentemente sobre alimentação escolar e alunos. Os dados revelam que os colégios, tanto particulares quanto públicos, estão rodeados num raio de 250 metros por estabelecimentos que fornecem produtos ultraprocessados. Folha de São Paulo

 

// cultura alimentar

Flaviane Malaquias Costa

Engenheira Agrônoma, pesquisadora da Universidade de São Paulo, atua em estudos e projetos nas áreas da Conservação da Agrobiodiversidade, com foco em variedades crioulas e frutíferas nativas, Genética e Genômica de Plantas, Etnobotânica, Evolução e Domesticação de Plantas, e Restauração de Ecossistemas.

O milho, consagrado como o “Cereal das Américas”, representa uma cultura milenar que ainda se estabelece como base da alimentação de muitos povos deste continente. No Brasil, o milho encontra-se sob diversificação até os dias de hoje, sob o cultivo e o manejo das variedades crioulas realizadas pelos agricultores familiares, tradicionais, quilombolas, ribeirinhos e indígenas.

As sementes crioulas são fontes de alimento para as pessoas e para os animais, garantem a autonomia dos agricultores e uma maior resiliência dos sistemas alimentares e dos sistemas agrícolas tradicionais frente às mudanças climáticas. Promovem a biodiversidade, a saúde das pessoas e dos agroecossistemas.

Podemos dizer que as sementes crioulas representam uma herança cultural e conectam distintas gerações. Fazem parte do patrimônio cultural, de tradições e fortalecem as relações de solidariedade, por meio das trocas de sementes, saberes e convívios entre as pessoas, promovendo mercados locais e a economia solidária. Enfim, as sementes crioulas são fontes de vida!

 

TÁ NA ÉPOCA

BOM PRO SEU BOLSO E PARA O MEIO AMBIENTE

Pendurar uma melancia no pescoço

É uma expressão popular destinada a quem quer se destacar, aparecer. E aí fica a pergunta, a fruta melancia tem recebido visibilidade na sua rotina? Pois ela tem tantos aproveitamentos e preparos culinários versáteis, você vai se surpreender.

Pode virar um molho vermelho para preparações salgadas (não fica com sabor doce), a parte branca da base da melancia pode ser picada e cozida, fica bem parecida com chuchu refogado. As sementes podem ser secas, torradas e moídas para ir por cima do lanche com outras frutas picadas. Ou mantenha a semente inteira e misture ela no preparo da granola caseira.

Um sabor levemente apimentado e picante

Esse é o gosto da rúcula e está tudo bem. É uma delícia poder captar os distintos sabores dos alimentos in natura. E por isso é possível brincar e montar combinações incríveis de alimentos.

A rúcula parece que foi feita para o tomate. Use a dupla num sanduíche, na pizza, na salada que acompanha o almoço, misturados com o ovo mexido e onde mais preferir. A rúcula vai muito bem também com o molho de mostarda e mel, mas claro, lembre-se de usar um molho de mostarda caseira, nada da ultraprocessada.

📗 Caderno de receitas

Molho de nectarina
Assim como o molho de laranja vai bem em vários pratos salgados, com a nectarina é a mesma coisa. São formas diferentes de consumir alimentos in natura, mas lembre-se que o melhor jeito mesmo é comendo as frutas com a mão, mordendo, saboreando cada pedaço.

 

Quibebe de abóbora
O quibebe é um purê rústico que tem origem na região de Angola. Aqui, a abóbora refogada ganha perfume e aroma de especiarias como a noz-moscada. A combinação é divina, tome nota e prepare.

 

Salada de almeirão
Também conhecido como radite, o almeirão do campo combina bem com elementos ácidos. Um limão ou vinagre. Use a folha que tiver, aproveite que também é época dos tomates e capriche nas especiarias do molho.  

 

Conteúdo feito pelo Idec ❤️

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