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Tá na Mesa | Arquivo - Sua porção semanal de alimentação saudável e sustentável

Arquivo Tá na Mesa -
Edição de 25 de Outubro de 2023

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Sua porção semanal de alimentação saudável e sustentável
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SUA PORÇÃO SEMANAL DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL

Já pensou no quanto os alimentos disponíveis nas escolas podem influenciar de maneira significativa a saúde dos alunos? Queremos compartilhar um estudo realizado em 2021 no Rio Grande do Sul, estado que desde 2018 publicou uma lei para a promoção da alimentação saudável e que proíbe a comercialização de produtos que colaborem para a obesidade, diabetes, hipertensão, em cantinas e similares instalados em escolas públicas e privadas do estado.

A saúde de crianças e adolescentes está em pauta novamente!

Com o aumento de casos de obesidade infantil e doenças crônicas não transmissíveis cada vez mais precoce, conforme estimativas do Ministério da Saúde, esse é um assunto que precisa de amplo debate e ações práticas.

Os dados apontam que 3,1 milhões de crianças de até 10 anos e 4,1 milhões de adolescentes estão com obesidade.

Apesar de termos o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) protegendo e regulamentando a alimentação saudável dos estudantes brasileiros matriculados na rede pública, existem ainda outros agentes envolvidos nessa alimentação escolar.

O comércio de alimentos na escola e no entorno dela, e o lanche que os pais enviam de casa nas lancheiras.

Implementar uma lei como essa não é uma tarefa simples e por isso vamos contar um pouco da aplicação e desenvolvimento da Lei nº 15.216/2018 que foi aprovada no Rio Grande do Sul.

No popular, ela ganhou o apelido de “Lei das Cantinas”, mas ela é uma medida regulatória importante, que busca promover um ambiente alimentar mais saudável nas escolas e que serve de espelho para outros estados.

E para saber como funcionou na prática os primeiros anos de implementação dessa lei, duas nutricionistas do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável aqui do Idec integraram um estudo realizado em 2021, liderado pela pesquisadora Ana Luiza Sander Scarparo que foi publicado na Revista de Alimentação e Cultura das Américas (Raca) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com uma análise da rotina alimentar escolar.

A conclusão do estudo das pesquisadoras apontam várias condutas para serem aprimoradas no RS e medidas necessárias para que a lei seja bem implementada.

Confira alguns apontamos e veja como é viável e importante implementar ambientes saudáveis no ambiente escolar:

  • A alimentação escolar está relacionada a todos os atos ligados ao comer dentro do ambiente escolar. É imprescindível que o espaço escolar, por meio de políticas públicas, garanta opções e condições de escolha a alimentos saudáveis. 
  • Participe fiscalizando a aplicação das leis municipais e estaduais, verificando se a escola, seja ela pública ou privada, tem um programa pedagógico de educação alimentar e nutricional e se ele está sendo seguido. 
  • Faça parte da comissão de alimentação escolar da instituição para garantir que o direito dos alunos à alimentação adequada seja respeitado. 
  • Faça a sugestão que escolas privadas contem com o apoio de um profissional formado em Nutrição que oriente os cantineiros e cantineiras quanto ao cardápio e formas de promover os alimentos saudáveis. 
  • A formulação - por parte de diretores das escolas ou gestores públicos - de materiais e atividades sobre alimentação adequada e saudável. 
  • A família precisa apoiar e orientar a criança e o adolescente a não levar para a escola lanches ultraprocessados. No geral, os alunos querem que a escola ensine a comer bem e estão dispostos a isso. Não é preciso esperar a escola dizer não para uma lista de produtos ultraprocessados para não consumi-los.  
 

// saindo do forno

NOTÍCIAS

🥗 Campanha “Comer Bem na Escola”

A equipe do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável aqui do Idec, junto a outras organizações da sociedade civil, esteve na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Apolônio Sales, na Zona Sul do Recife (PE) para a realização de várias atividades, entre elas debate com mães e crianças sobre a alimentação na escola e alimentação infantil e a importância da participação da comunidade nos conselhos escolares. Idec

OUÇA

🍲 Juntar a fome com a vontade de comer

Esse podcast retrata como a associação de mulheres indígenas batalhou para dar vazão à produção de alimentos orgânicos, a necessidade de ofertar alimentos saudáveis na merenda escolar das crianças e como resgatar saberes ancestrais para as merendeiras produzirem receitas com alimentos locais e sem ultraprocessados. Rádio Novelo

OPINIÃO

👀 A reforma tributária com outros olhos

Um dos argumentos que circula a desoneração da cesta básica é: “o Brasil vai arrecadar menos”. E o quanto o país fornece de subsídio fiscal para o cultivo da soja? Confira esse dado e outros no estudo a seguir. Outras Mídias

 

// cultura alimentar

Patrícia Lio

Graduada em Comunicação Social, Especializada e História e Cultura da Gastronomia, Educadora e Chef consultora de Gastronomia Vegetal pela Conversa Verde – @conversaverde

Se olharmos para o passado, as culturas alimentares de antigamente não tinham essa industrialização de alimentos e confinamento de animais que causam tanto desequilíbrio para o meio ambiente.

Uma alimentação onde produtos ultraprocessados estão no centro do prato, não melhoram a vida da sociedade, pelo contrário, são um risco à saúde pública. As ofertas e estímulos a esses produtos alimentícios têm trazido grandes malefícios para a saúde humana, meio ambiente e animais.

Proponho reflexões na cozinha, em meio às minhas raízes amazônicas, sobre os impactos alimentares na saúde como um todo, incluindo a natureza, da qual não estamos separados. Também levo em conta que a alimentação como cultura é um tema dinâmico e em transformação, e podemos pensar no alimento de forma eficiente e saudável, considerando as realidades culturais e diversas dos grupos e indivíduos.

 

TÁ NA ÉPOCA

BOM PRO SEU BOLSO E PARA O MEIO AMBIENTE

Sabor doce e azedo ao mesmo tempo

A amora é cheia de particularidades e uma fofura de fruta! O sabor muda à medida que você prova a amora. Além disso, seu formato lembra um cacho de uva em miniatura e comê-la é se lambuzar e se divertir e sujando as mãos com o caldinho roxo que sai da fruta.

Ela tem uma presença maior no Sudeste, mas os primeiros exemplares foram encontrados na China e de lá ganhou o mundo. Sabia que essa é uma das espécies que é possível cultivar em vaso de planta? Manter longe de ventos fortes, fazer uma poda no verão e outra no inverno são alguns dos cuidados com o pé de amoreira. Arrume uma mudinha e aproveite essa doçura de fruta!

Maxixe, muito além da dança

A dança tipicamente brasileira teve origem no tango. Já o legume é natural da África e se adaptou muito bem às terras brasileiras. O maxixe se desenvolve bem em temperaturas altas e solo arenoso/argiloso. E o legume faz sucesso por aqui, viu?! Tanto que tem um prato pra chamar de seu, a maxixada que é típica no Nordeste. Ele pode ser consumido cru na salada, cozido, refogado e combinado com tomate, pimentão, cebola, salsa ou coentro, e temperado com leite de coco.

Pela semelhança com o jiló, vai muito bem também em farofas. As folhas do maxixe também são bastante saborosas, lembrando o sabor do espinafre, mas devem ser cozidas no vapor para amenizar a sua ardência, que é parecida a do jambu. Estas podem ser usadas em recheios de vários tipos de massa, como pastéis, calzones ou ainda em quiches.

📗 Caderno de receitas

Bolo de jabuticaba
Se por algum momento a casca e as sementes pareceram um impedimento para fazer essa receita, saiba que não são. A fruta é batida inteira no liquidificador, não amarga e depois de assado fica com uma aparência linda!

 

Cozido nordestino
Essa receita é linda, encorpada e cheia de cultura alimentar! Se não tiver exatamente os mesmos alimentos na sua região, adapte a receita. O importante é aproveitar o legume do mês, não ficar só no chuchu, inhame e batata de sempre e fazer uma receita nova.

 

Molho pesto de agrião
É um molho coringa ótimo para colocar por cima de qualquer preparação culinária. A versão mais popular é com o manjericão, a proposta é bem parecida, mas essa fica com umas notas de picância, característica da hortaliça. 

 

Conteúdo feito pelo Idec ❤️

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