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Usuários devem ser ouvidos sobre mudanças nas linhas de ônibus de SP

Idec e outras organizações pedem que prefeitura consulte a população antes de aplicar alterações previstas no edital de licitação do serviço de transporte, em consulta pública até 3 de fevereiro

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Atualizado: 

22/03/2018

Os moradores de São Paulo (SP) podem ser mais uma vez surpreendidos com as mudanças das linhas de ônibus. É o que afirma Rafael Calabria, pesquisador em mobilidade do Idec. 

O pesquisador e representantes de outras organizações, como Cidade dos Sonhos, Greenpeace e ITDP (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento), estiveram reunidos na última quarta-feira (24) com Sérgio Avelleda, secretário de mobilidade e transportes, para debater as alterações previstas no edital de licitação de ônibus da capital paulista.

De acordo com o edital, o número de veículos disponíveis será reduzido. Como consequência, as pessoas terão que fazer mais baldeações para chegar aos seus destinos. Segundo a prefeitura, o tempo das viagens não será comprometido. 

Contudo, para as organizações, essa afirmação não é suficiente. O órgão precisa ouvir e explicar aos cidadãos o que vai mudar. “Se a prefeitura não justifica os motivos das alterações nas linhas de ônibus, a população fica insatisfeita e, com isso, há risco de a gestão seguinte desfazer as mudanças. Isso está acontecendo agora na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo”, aponta Calabria.

Antes da reunião com Avelleda, as organizações já haviam enviado uma carta pedindo que a secretaria realize audiências públicas para ouvir os cidadãos, informe previamente à sociedade sobre as alterações do sistema de ônibus - por meio de mapas informativos com os novos itinerários - e esclareça em que medida as contribuições enviadas pelos usuários vão influenciar a versão final do edital de licitação.

“O secretário ouviu todas as nossas sugestões e prometeu que irá considerá-las”, comenta o pesquisador.

Prazo insuficiente

Durante a reunião, as organizações também solicitaram a prorrogação do prazo da consulta pública. Segundo as entidades, a data de início do processo - 21 de dezembro - dificultou sua divulgação e a participação da população.

O secretário afirmou aos participantes que estuda prorrogar o prazo, mas não especificou qual será a data final. Até o momento, a consulta deve ser encerrada no próximo domingo, 3 de fevereiro.

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