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Golpes bancários: cuidado para não cair neles

Desconfie de mensagens e telefonemas que dizem ser da instituição financeira pedindo dados ou senhas. Bancos são responsáveis por evitar as fraudes e ressarcir os prejuízos se consumidor for vítima delas

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Atualizado: 

04/03/2021

“Seu banco informa: acesse e atualize seus dados agora mesmo no http://bit.ly/2xm4R7A para não ter sua conta bloqueada”. Você possivelmente já recebeu mensagens como essa em seu celular ou e-mail. Mas o que parece ser um aviso da instituição financeira, na verdade, pode ser um golpe.

As fraudes bancárias geralmente são aplicadas por meio de mensagens de texto, e-mails e telefonemas. A fim de solucionar o problema o mais rápido possível, muitas pessoas passam os dados de seu cartão, senhas e códigos de acesso às suas contas bancárias. Só quando verificam o extrato, percebem que caíram em um golpe.

Para não ser a próxima vítima dessas fraudes, veja abaixo alguns cuidados e saiba quais são os seus direitos.

Atualização de informações? Desconfie

Os bancos e operadoras de cartão de crédito não costumam ligar, nem enviar mensagens pedindo que os clientes atualizem informações, e muito menos que forneça senhas ou códigos de acesso ou de validação para transações digitais (como chave de segurança e token). Se entrarem em contato com você por meio desses canais, desconfie!

Também não é aconselhável clicar em nenhum tipo de link enviado por SMS ou por e-mail como se fossem do banco. Há casos de usuários que são redirecionados a uma página falsa, muito parecida com a do site oficial do banco, contribuindo para confundir o consumidor. 

Caso esteja em dúvida sobre a autenticidade da mensagem, ligue para o seu banco e confirme se o pedido de atualização procede e se é seguro.

Cuidado com o golpe do cartão clonado

Uma prática comum entre os golpistas é ligar informando que o cartão do usuário foi clonado e que foram realizadas compras com ele. Com um discurso parecido com o utilizado pelos representantes do banco, acabam enganando os consumidores e induzindo-os a fornecer dados para supostamente bloquear o cartão.

Caso receba uma chamada desse tipo, desligue e ligue para o número que está no verso do seu cartão, mas utilizando outro aparelho de telefone. Esse cuidado é importante porque há casos em que os fraudadores “prendem” a linha do usuário, que pensam que estão falando com o banco, quando na verdade continuam em contato com os bandidos.

Caso você realize compras eletrônicas, saiba que estas exigem a informação de segurança que normalmente fica no verso do cartão. Por isso, certifique-se que está utilizando o site seguro para compra (confira o cadeado e a idoneidade da empresa). Consulte se o seu banco ou instituição financeira possui a possibilidade de compra na internet com cartão virtual, uma versão do seu próprio cartão para uso exclusivo para efetuar a compra online.

Nas compras presenciais, certifique-se que o cartão não sairá da sua frente. Apesar da existência do chip e da digitação da senha, o cartão pode ser clonado e, com acesso aos números de segurança, ele pode ser utilizado eletronicamente. Como dica, memorize os números de segurança que ficam no verso do cartão e coloque um adesivo que oculte os dados.

Troca ou foto do cartão de crédito

Não forneça os dados de seu cartão de crédito, não tire fotos para comprovar a existência do cartão e, muito menos, para exibir nas redes sociais. Essa prática pode levar a clonagem do cartão e acesso as senhas usando de sistemas numéricos. 

Desconfie de depósitos e lançamentos errados

Se receber a ligação de estranhos informando que fizeram um depósito e o lançamento caiu errado na sua conta, pedindo que você faça a correção devolvendo o valor depositado por engano em sua conta, procure o seu banco. Fraudadores fazem falsos depósitos com envelopes vazios para aplicar o golpe. 

Enquanto o banco não abre os caixas eletrônicos para confirmar as operações, a informação que foi feito o deposito estará presente em seu extrato e pode induzir o dono da conta a fazer a transferência de um dinheiro que não existe. 

Não aceite ajuda em caixas eletrônicos

Ao acessar os caixas eletrônicos ou terminais 24 Horas, nunca aceite ajuda de estranhos, não forneça a senha e não permita que quem esteja próximo saiba o que está fazendo. Se fizer saque e o dinheiro não sair, acione imediatamente um funcionário. 

Se for fora do horário de atendimento, ligue no telefone do SAC do banco. Certifique-se que o equipamento não apresenta sinais visíveis de violação. Observe a movimentação de acesso aos terminais e se há objetos estranhos inseridos ao equipamento. 

Fique atento a faturas e boletos adulterados

A emissão de boletos bancários falsificados deve cair muito em função das novas regras de mercado para emissão de boletos, com um registro de identidade obrigatório para cada boleto. Esse processo tornará o documento recebível após o vencimento em qualquer banco. 

Mas é preciso estar atento, pois os fraudadores acompanham as inovações tecnológicas. Portanto, se o boleto emitido pelo computador apresentar divergência entre o número do banco e código digitável, entre em contato com o emissor para conferir o documento de pagamento. Se o boleto apresentar rasuras nas barras do código de pagamento, não digite o código e procure a empresa. 

Como proteger melhor o celular?

Para aumentar sua segurança, é possível utilizar sistemas antiphishing no celular,que protegem o usuário contra essa prática dentro de todos os aplicativos, incluindo WhatsApp e Facebook Messenger.

Outra dica prática é utilizar navegadores seguros, que bloqueiam propagandas e sites com objetivo malicioso, como o Firefox Focus.

O banco é responsável

Em situações de fraude bancária, o Idec considera que os bancos têm responsabilidade objetiva, ou seja, são responsáveis independentemente de culpa, segundo o artigo 14 do CDC (Código de Defesa do Consumidor). Posicionamento também adotado no Judiciário.

As instituições financeiras devem criar meios que garantam o acesso seguro do consumidor aos serviços bancários, o que inclui evitar golpes e fraudes. 

Além de mecanismos como senhas códigos de acesso e de validação para tornar as transações mais seguras, os bancos também devem monitorar a atuação de criminosos com sua base de clientes e agir o mais rápido possível para contorná-las, tomando providências para retirar do ar páginas falsas, por exemplo, e alertando os consumidores sobre o golpe.

Assim, caso a atuação das instituições financeiras não seja suficiente para garantir a segurança e impedir que o cliente seja vítima de um golpe, ele deve arcar com os prejuízos sofridos pelo consumidor. 

Onde reclamar

Caso seja vítima de uma tentativa ou de um golpe propriamente dito, entre em contato com o banco por meio do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) para solicitar o pedido de contestação do débito. O Guia dos Bancos Responsáveis traz maiores informações sobre como fazer reclamações para o seu banco, se seu problema não estiver sendo tratado de forma correta.

Além disso, faça um boletim de ocorrência para comprovar a  fraude. Lembre-se de anotar todos os protocolos e guardar os documentos que podem ser usados como provas.

Se a instituição se negar a devolver os valores roubados de sua conta ou de compras feitas com cartão de crédito, você pode registrar uma reclamação no Procon de seu município e/ ou no site www.consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça. 

Caso nenhuma das medidas seja satisfatória, é possível mover uma ação judicial contra o banco no JEC (Juizado Especial Cível).

 

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