O pão está presente quase todos os dias na alimentação de muita gente. Mas já parou para pensar no processo que envolve o ato de fazer um pão?
Primeiro faremos um resgate histórico sobre o possível surgimento desse alimento.
Historiadores apontam que os primeiros pães foram produzidos há cerca de 12 mil anos.
Era uma espécie de mingau, uma mistura de água com grãos de cereais grosseiramente triturados entre pedras e consumidos crus.
Levou quase dois mil anos para que o pão passasse a ser cozido sobre pedras quentes.
E foi no Egito, a cerca de 7 mil anos atrás, que a panificação se desenvolveu. Os grãos de cereais passaram a ser triturados em moinhos de pedra manuais.
Alguém, em algum momento, descobriu que a massa de farinha de cereais e água, se deixada sob a ação do tempo (calor, umidade, etc) se tornava uma massa fermentada e gerava pães mais fofos.
Atualmente, o mundo todo consome várias formas de pães.
E, apesar do trigo não ser uma planta originária das Américas, foi introduzida aqui e incorporamos o pão à nossa cultura alimentar.
Hoje em dia ele está presente em várias refeições brasileiras, mesmo que em algumas regiões do país se consuma no café da manhã, por exemplo, tubérculos cozidos, como a mandioca e a batata doce.
Falando em mandioca, com o polvilho doce, farinha de arroz e fécula de batata é possível fazer pães macios e gostosos tanto quanto com o trigo.
Esses pães sem glúten têm pipocado nas padarias e prateleiras para atender quem tem alergia a esse componente, mas não é por isso que são mais ou menos saudáveis, e sim, por como são preparados.
Seja qual for a farinha, sempre que possível prefira preparar o pão em casa ou comprar de quem faz pães caseiros ou artesanais.
Conforme o Guia Alimentar para a População Brasileira aborda bem, pães elaborados pela indústria de alimentos podem ser processados ou ultraprocessados.
E como identificá-los e diferenciá-los?
Se a lista de ingredientes inclui itens como: gordura vegetal hidrogenada, açúcar, edulcorantes, amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos, são produtos ultraprocessados.
E ainda tem mais: só porque um pão é integral, não significa que ele não seja ultraprocessado.
Leia com atenção a quantidade de ingredientes que existem nessa composição de pão de forma integral:
Farinha de trigo integral, farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, açúcar, glúten, farelo de trigo, açúcar mascavo, vinagre, óleo vegetal de soja, sal, conservadores: propionato de cálcio e ácido sórbico, acidulante: ácido cítrico, melhorador de farinha: ácido ascórbico, emulsificantes: mono e diglicerídeos de ácidos graxos e estearoil-2-lactil lactato de cálcio e espessante: carboximetilcelulose sódica.
Para fazer um bom pão é necessário apenas farinha, água, sal e leveduras.
Se animou com a possibilidade de fazê-los? Confira algumas dicas de como incorporar o preparo deles na sua rotina:
- É mais saudável, é terapêutico e pode ser um momento de reunir a família toda.
- Tem pouco tempo para o preparo? É possível deixar a massa descansar durante toda a noite e finalizá-la no dia seguinte.
- Se assar uma quantidade maior, congele fatias de pães. Para descongelar basta deixá-lo na geladeira por algumas horas. Depois, pré-aqueça o forno e esquente o pão até que sua textura se recupere. É possível fazer esse processo em frigideira, sanduicheira e outros eletrodomésticos.
- Nunca coloque de uma vez toda a quantidade de farinha listada na receita. Vá acrescentando aos poucos e sentindo o ponto da massa nas mãos.
- Não abra o forno antes da metade do tempo de cozimento.
- Para saber se o pão está assado, para aqueles com casca crocante, bata com as costas do dedo, em cima dele. Se o som for "oco" o pão está pronto. Para massas densas e macias, faça o teste do palito. Se sair limpo, está assado.
O pão é uma arte e também uma terapia. Um recurso incrível para preservar a saúde e as tradições ancestrais. Nessa edição que preparamos sobre lanches, indicamos uma receita muito bacana de pão e algumas sugestões de consumo, aproveite!
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