Bloco Associe-se

Associe-se ao Idec

Regulação de gordura trans é discutida em audiência pública

Idec defende o banimento da utilização do ingrediente no País

separador

Atualizado: 

15/07/2019
Regulação de gordura trans é discutida em audiência pública

A nutricionista do Idec, Patrícia Gentil, em audiência pública que debateu sobre regulação da gordura trans. Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

 

Com o objetivo de discutir políticas de restrição à gordura trans, a Comissão de Defesa do Consumidor promoveu uma audiência pública em 12 de junho na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A reunião, requerida pelos  deputados Felipe Carreras e Felício Laterça, contou com a participação do Idec, CFN (Conselho Federal de Nutricionistas), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e outros representantes da sociedade civil e do setor produtivo para debater o consumo de gordura trans e a sua relação com o aumento das doenças cardiovasculares no País.  

Para Patrícia Gentil, nutricionista do Idec que esteve presente na audiência, não restam dúvidas sobre os efeitos negativos dessa substância para a saúde e de que as medidas adotadas até o momento são falhas e insuficientes.

“A única medida que o Brasil tem para restringir o consumo de gordura trans é a rotulagem nutricional obrigatória, porém não é suficiente para proteger a população. Todos os países que diminuíram o consumo o fizeram por meio de medidas de restrição ao uso da gordura trans industrial”, afirma.

Cerco à gordura trans

Atualmente, a Anvisa discute formas de restringir e até proibir a presença de gordura trans em alimentos. Em dezembro de 2018, houve uma reunião para discussão técnica sobre o tema. Para este ano, está prevista uma consulta pública como parte do processo regulatório sobre gordura trans.

Em um informe divulgado este ano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou que ao menos 5 bilhões de pessoas em todo o mundo convivem com os riscos de desenvolver doenças associadas ao uso das gorduras trans industrial. Segundo a entidade, o ingrediente industrial causa cerca de 500 mil mortes a cada ano.

“Já existem evidências científicas suficientes mostrando que 11% das doenças cardiovasculares estão relacionadas ao consumo de gordura trans. Não existe limite seguro de consumo desse tipo de gordura, portanto, ela deve ser evitada”, explica Gentil.

Devido à urgência em debater esse tema, o Idec fez um especial para mostrar evidências sobre a importância do banimento da gordura trans no País.

 

LEIA TAMBÉM

Reunião na Anvisa discute normas para aprimoramento da rotulagem

Idec envia contribuições à consulta pública da Anvisa sobre glifosato