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Você recebeu a sua conta de energia e finalmente tirou um tempo para entendê-la. No meio de um monte de impostos, encontra a informação de uma bandeira e um período correspondente.
Você pode até não ter muita familiaridade com esse termo, mas desde 2015 as bandeiras tarifárias aparecem nas contas de luz de todo o País, exceto em Roraima, que não faz parte do SIN (Sistema Interligado Nacional).
As tarifas são classificadas por cores - verde, amarela e vermelha - e indicam, mensalmente, se haverá ou não acréscimo no valor da energia, devido ao uso das termelétricas. Ou seja, quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das hidrelétricas cai e, como consequência, a produção de energia diminui. Para compensar, o governo manda acionar as termelétricas que são mais caras.
O sistema de bandeiras foi criado para “bancar” esses custos maiores na produção de energia, antecipando a receita das distribuidoras. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), essa tarifa deixa mais transparente o sistema de energia, dando a possibilidade ao consumidor de reduzir o consumo quando as termelétricas são acionadas.
Contudo, para o Idec, a comunicação da mudança de bandeira não é tão eficiente, já que o alerta não fica tão visível para o usuário. Segundo o Instituto, seria necessário aprimorar o aviso, colocando cores por exemplo, para que o consumidor possa entender facilmente que haverá um aumento em sua conta.
Além disso, diz que precisaria ter uma avaliação da agência para verificar se o consumo de energia reduz quando a bandeira está vermelha.
Como funciona?
As bandeiras tarifárias funcionam como um semáforo. Se ela estiver verde, isso significa que os custos de geração foram baixos, portanto, a tarifa não terá nenhum acréscimo naquele mês.
A amarela é um sinal de alerta e indica que os custos estão aumentando. Já a vermelha mostra que o valor de produção está alto e é dividida em patamar 1 e 2, que apresentam preços diferentes.
Tanto a amarela, quanto a vermelha apresentam custos extras nas contas de luz para cada 100 kW/h consumidos. Para conferir os valores das bandeiras, acesse o site da Aneel.
Como evitar as bandeiras tarifárias?
Não dá muito para evitar os gastos com as bandeiras. Mesmo que você tente economizar nos meses em que a situação dos reservatórios é mais crítica, o acréscimo tarifário ainda virá na sua conta.
Uma alternativa para fugir dessa cobrança é a instalação de um sistema de energia solar. Teoricamente, todo mundo pode ter esse sistema, mas há alguns requisitos a que o imóvel precisa atender, como ter área mínima de 50 m2 disponível sem sobra. Entenda como funciona e quanto custa na Revista do Idec.