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Acaba em julho o prazo para que empresas indiquem no rótulo de alimentos e bebidas a presença de substâncias que causam alergias. Porém, a agência tem sido pressionada para prorrogar o período de adequação</div>
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09/05/2016
Atualizado:
09/05/2016
Na semana passada, o Idec enviou uma carta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cobrando que seja mantido o prazo para os fabricantes de alimentos adequem o rótulo dos produtos à legislação sobre alergênicos.
A partir de julho, as empresas terão de seguir determinadas regras para informar de forma clara a presença de substâncias que frequentemente causam alergias, como soja, leite e nozes, de acordo com a resolução da Anvisa (RDC 26/2015), aprovada em junho do ano passado.
O Instituto decidiu enviar o documento após tomar conhecimento de que a indústria tem pressionado a agência a adiar o prazo.“As empresas tiveram um ano para mapear e realizar os ajustes necessários nos rótulos. É tempo suficiente”, afirma a nutricionista e pesquisadora do Idec, Ana Paula Bortoletto.
A nutricionista ressalta que alguns produtos já estão informando as substâncias alergênicas de acordo com a legislação. “Estender o prazo de adequação significaria aumentar sensivelmente o risco de reações de consumidores alérgicos que poderiam se confundir na comparação entre rótulos que já possuem a informação correta com os que não têm”, alerta.
Informação em destaque
A regra que entra em vigor em julho define que as informações sobre a presença de ingredientes alergênicos devem ser reunidas e apresentadas no rótulo da seguinte forma: em letras maiúsculas e em negrito, em uma cor que contraste com a do fundo.
Para Ana Paula, a norma facilita a vida dos consumidores que sofrem de alergias alimentares. “A regra da Anvisa sobre alergênicos reforça o direito básico do consumidor à informação clara e precisa, o que é fundamental principalmente quando se trata de saúde”, diz.