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Idec e Consumers International pressionam governos da América Latina a priorizar a saúde pública acima de interesses comerciais

A criação de uma Convenção sobre Alimentação Saudável, a ser elaborada pela Organização Mundial da Saúde, similar à Convenção para Controle do Tabaco, será importante ferramenta para regular práticas da indústria alimentícia 

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Atualizado: 

18/06/2015
O Idec assinou no último dia 9 de junho a declaração da Consumers International que alerta para os perigos e consequências da obesidade e sobrepeso, em especial na América Latina, onde 50% dos adultos apresentam o problema. O documento destaca a insistência da indústria alimentícia em dificultar a implementação de políticas públicas para reverter essa situação, que é amplamente documentada e comprovada por organizações respeitadas internacionalmente, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o World Cancer Research Fund.
 
Em outubro de 2014, todos os governos da região assinaram o Plano de Ação para Prevenção da Obesidade em Crianças e Adolescentes, que contempla as medidas que a indústria vem dificultando a implementação nos países. Uma das iniciativas é a inclusão de um rótulo com informações claras e objetivas a respeito do teor nutricional dos alimentos, indicando a concentração de açúcares, gorduras, sódio e calorias de forma que o consumidor entenda instantaneamente se aquele produto é ou não saudável.
 
“Neste sentido, a Consumers International está em campanha pela criação de uma convenção sobre alimentação saudável, que seria parecida com a que já existe sobre o tabaco, no intuito de proteger e propagar este hábito”, afirma o diretor da Consumers International para a América Latina e Caribe, Juan Triboli. “Entendemos que somente com uma convenção deste tipo, aprovada pela OMS, os governos de nossos países terão maior apoio político para enfrentar o lobby da indústria alimentícia e assumir uma posição mais firme”, conclui.
 
A CI e o Idec apoiam a implantação de medidas fiscais para desincentivar o consumo de produtos não saudáveis, assim como sua venda em escolas, a proibição da publicidade infantil e destacam a importância do envolvimento da família para enfrentar o problema da obesidade, que afeta cada vez mais também as crianças.
 
A atuação do Idec nos temas ligados à alimentação saudável
Estes assuntos vêm sendo amplamente atacados pelo Idec nos últimos anos. A questão das bebidas excessivamente açucaradas e artificiais foi tema da campanha Agite(-se) antes de beber, que demonstra claramente como a indústria se vale de uma propaganda que chega a ser enganosa e induz o consumidor ao erro. Na maioria dos sucos de caixinha, muito consumidos pelas crianças no lanche escolar, a quantidade de fruta é ínfima, o contrário do que acontece com o teor de açúcar. Se você não assistiu ao vídeo da campanha, vale a pena dar uma conferida aqui antes de tomar qualquer suco industrializado. Aproveite para conferir as dicas e todas as informações que você precisa ter para tomar uma decisão bem informada no supermercado.
Outro vilão da saúde, o sódio, ganhou recentemente um especial preparado pelo Idec só para este assunto. O Sódio que Você Não Vê reúne as principais informações para alertar o consumidor brasileiro para o sódio camuflado em alimentos superprocessados como salgadinhos, embutidos, maionese, macarrão instantâneo, entre muitos outros. Seu consumo exagerado pode afetar as funções do coração, rins, cérebro e a circulação do sangue, desencadeando doenças como hipertensão (principal fator de risco de morte no mundo), acidente vascular cerebral e problemas renais.
 
Confira aqui o posicionamento completo da CI (em espanhol)
 
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