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Idec lamenta rejeição de pesquisa que aponta má qualidade dos planos de saúde

ANS e CNPq desqualificaram trabalho de pesquisadora Lígia Bahia; levantamento evidencia a necessidade de aprimoramento na regulação do setor pela agência responsável

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Atualizado: 

25/04/2012
O Idec enviou uma carta à ANS (Agência Nacional de Saúde) e ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) lamentando a rejeição da pesquisa desenvolvida pela pesquisadora, Dra. Ligia Bahia, referente à má qualidade das operadoras de planos de saúde. 
 
Entre os resultados da pesquisa, estão:
 
  • - O crescimento de planos de saúde direcionados às classes C e D. Apesar dos valores serem mais acessíveis, as operadoras não possuem rede credenciada suficiente para garantir a cobertura assistencial a todos os consumidores;
  • - Os clientes não têm acesso às informações sobre onde encontrar profissionais e estabelecimentos que compõe a rede assistencial contratada - a falta de entrega do livreto com prestadores credenciados e informações imprecisas dificultam o entendimento dos beneficiários;
  • - O desafio enfrentado pelo consumidor para rescindir o contrato - algumas operadoras continuam cobrando, mesmo após o cancelamento do plano pelo consumidor.
 
Rejeição
Segundo as informações divulgadas pela imprensa e mesmo em notas oficiais, o relatório de pesquisa foi analisado e aprovado por três pareceristas convocados pelo CNPq, mas, posteriormente, indeferido por funcionários da agência e do Conselho, a partir da recomendação de técnicos da ANS, que alegaram dissonância entre os objetivos propostos e os resultados ou metodologia apresentados.
 
"Desta forma, preocupa-nos as manifestações do CNPq e da ANS, já que tudo indica que, mesmo que estivesse superada a discussão burocrática sobre forma e prazo da entrega do relatório, o principal motivo da não aprovação deste seriam os resultados e conclusões obtidos pela pesquisadora", aponta o Idec, na carta.
 
O  Idec manifesta seu apoio a Dra. Ligia Bahia e lamenta a decisão da ANS e do CNPq em não aceitarem um relatório que poderia ajudar na criação de políticas de melhoria na qualidade dos planos de saúde.
 
No levantamento, a pesquisadora evidencia a necessidade de aprimoramento na regulação do setor pela agência responsável. Ela sugere a realização de um cadastro dos clientes, fiscalização da qualidade de informações oferecidas e o impedimento da oferta de planos acima da capacidade das operadoras. Desta forma, a ANS impediria as falhas apontadas pelo estudo e melhoraria o serviço das operadoras.
 
 
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