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O que é o Guia Alimentar e o que ele ensina sobre alimentação saudável?

Se alimentar bem não é exatamente contar calorias, mas comer comida de verdade. Conheça o Guia Alimentar para a População Brasileira e entenda sua importância.

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Atualizado: 

14/07/2022

Já refletiu qual é a origem dos hábitos saudáveis que existem na sua rotina? Pratos equilibrados com legumes, verduras, arroz e feijão? 

Eles podem vir de diversas fontes culturais e políticas, e por trás disso tudo, para assegurar uma boa alimentação a população, também está o Guia Alimentar para a População Brasileira, um documento público que promove a saúde através da alimentação.

 

O que é o Guia Alimentar? 

Criado em 2006 (e reeditado em 2014) pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da Universidade de São Paulo (USP), o Guia Alimentar da População Brasileira é um material de domínio público e linguagem acessível com diretrizes sobre alimentação que visa promover a saúde de pessoas, famílias, comunidades e prevenir doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, doenças do coração, entre outras. 

Ele traz informações e recomendações munidas de argumentos científicos, sendo uma publicação com premiações e reconhecimento internacional.

O Guia é um instrumento de extrema importância no nosso país. Além de apoiar e incentivar práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo, também subsidia políticas, programas e ações na direção da saúde e da segurança alimentar e nutricional da população. Por isso, pode ser lido por todas as pessoas, de consumidores a profissionais da área e gestores públicos.

 

O Guia Alimentar e a classificação dos alimentos 

Uma das contribuições mais relevantes do Guia Alimentar para a População Brasileira é a classificação NOVA, que descreve quatro grupos de alimentos de acordo com seus níveis de processamento e tratamento a que são submetidos.

  1. Alimentos in natura e minimamente processados, como legumes, verduras e frutas ao natural e grãos, cereais e outros com processos sem alterações do alimento original.
  2. Ingredientes culinários, como óleos, gorduras, sal, açúcar usados para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
  3. Processados, como alimentos em conserva, frutas em calda, queijos e pães feitos de farinha de trigo, leveduras, água e sal.
  4. Ultraprocessados, como vários tipos de biscoitos, sorvetes, balas e guloseimas em geral, sopas, macarrão e temperos ‘instantâneos’, molhos, salgadinhos “de pacote”, refrescos e refrigerantes, iogurtes e etc.

Anterior a essa denominação, os alimentos eram categorizados em termos de nutrientes, independentemente do seu processamento. Mas não é possível comparar os benefícios de consumir diariamente frutas e verduras com biscoitos e salgadinhos.

O Guia recomenda incentivar os in natura (e os ingredientes culinários em menores quantidades), limitar os processados e evitar os ultraprocessados. 

Saiba mais sobre a classificação NOVA aqui neste outro conteúdo mais específico.

 

Mais in natura e menos ultraprocessados

A classificação NOVA nos permite mais facilmente entender os impactos dos diferentes grupos não só na nossa saúde como também na cultura e meio ambiente. Essa compreensão é fundamental para que pensemos nas escolhas de alimentação que fazemos.

Ultraprocessados geralmente contêm excesso de sal, açúcar, gorduras e outros aditivos químicos para que tenham sua durabilidade estendida e pareçam mais apetitosos. No entanto, o consumo excessivo dessas substâncias está associado ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. 

Além de fazer mal a nossa saúde, os ultraprocessados também afetam negativamente a cultura, a vida social e o ambiente. Seu marketing apelativo que estimula hábitos de consumo duvidosos e os danos causados ao meio ambiente tais como alta geração de resíduos das embalagens, muitas não biodegradáveis, são outras razões para que se evite esses alimentos.

Sua regra de ouro é: “Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”, tal e qual.

 

O que mais diz o Guia Alimentar?

O Guia Alimentar dedica um dos seus capítulos a orientar como preparar refeições e combinar alimentos com vários exemplos e explicações de grupos de ingredientes, tudo isso levando em conta as características do nosso país.
Mas alimentação saudável também vai muito além dos ingredientes. O guia nos ensina e defende diversos aspectos em torno do tema.

O ato de comer em companhia e de sentar à mesa, por exemplo, são um recurso super importante para uma alimentação saudável. Isso garante que as pessoas comam com regularidade e prestem atenção ao que estão comendo. 

Já o preparo das refeições, tem a capacidade de guardar e transmitir saberes, une pessoas, preserva tradições. A lasanha congelada não é uma receita da avó que foi passada por gerações. O pudim de caixinha não conta o jeitinho único que cada pessoa pode de fazer.

Três orientações básicas são apresentadas: comer com regularidade e com atenção; comer em ambientes apropriados; e comer em companhia.

 

A leitura do Guia Alimentar para a População Brasileira é uma oferta para você conhecer o outro lado dos fatos diante de tanta publicidade na televisão, rádio e internet a todo momento vendendo ultraprocessado como alimento saudável e ter qualidade de vida para si e para a sua família.

Ele fica disponível em versão digital neste link do Ministério da Saúde. Aprecie, leia e compartilhe com todos. 
 

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