Você já parou para pensar em como a eletricidade chega à sua casa? A distribuição de energia elétrica é o último passo da jornada de abastecimento, e pode influenciar diretamente o funcionamento de tudo ao seu redor — da sua rua ao seu bairro.

Com o avanço da modernização do setor elétrico, entender como a energia é distribuída faz toda a diferença. Quer saber como isso impacta o seu dia a dia e o que pode mudar com os novos modelos de fornecimento? Então, siga conosco!

O que é a distribuição de energia elétrica?

A distribuição de energia elétrica é o processo que garante que a energia gerada nas usinas chegue até o consumidor final. Para isso, é necessário um complexo sistema composto por postes, cabos e transformadores, que ajustam a tensão para níveis de uso seguros.

Muitas vezes, a rede de distribuição é subterrânea, passando por dutos instalados sob as ruas das cidades. Com várias ramificações, essa infraestrutura permite que a eletricidade alcance residências, empresas, indústrias, universidades, hospitais e muitos outros tipos de estabelecimentos.

Como ela funciona no Brasil?

Antes de entender como funciona a distribuição de energia elétrica, é importante saber como ela se diferencia da transmissão. Esta última é a etapa anterior à distribuição, e a eletricidade é transportada por torres e cabos até as subestações.

Cada serviço é prestado por empresas diferentes e, no caso da distribuição, costumam ser regionais. De acordo com a Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), 60% da distribuição de energia elétrica é realizada por instituições privadas, enquanto 40% é feita por companhias públicas.

Segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), existem 105 distribuidoras registradas no Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica. Dentre elas, 54 são concessionárias, 38 permissionárias e 13 cooperativas de eletrificação rural.

Principais desafios da distribuição de energia elétrica

A distribuição de energia elétrica no Brasil enfrenta diversos desafios que interferem em sua confiabilidade. Com equipamentos envelhecidos, tarifas elevadas e tecnologia ultrapassada, a qualidade do serviço se torna ineficiente e, em alguns casos, precária.

Infraestrutura envelhecida

A atual rede de distribuição brasileira sofre com equipamentos antigos e desgastados, que exigem manutenção frequente, gerando gastos extras. Além disso, falhas e interrupções no serviço são comuns, diminuindo a qualidade do abastecimento oferecido ao consumidor.

Tarifas elevadas

No atual modelo, as tarifas estão altas devido à elevada carga de tributos e encargos cobrados via conta de luz, o que acaba prejudicando ainda mais a população. Esse é um tema que gera bastante discussão, e a revisão da legislação do setor elétrico se torna cada vez mais necessária para reduzir o custo do serviço.

Tecnologia ultrapassada

Atualmente, a geração e a distribuição de energia elétrica dependem cada vez mais de novas tecnologias, como redes inteligentes e canais de distribuição modernos. No entanto, o Brasil ainda utiliza sistemas antigos, cuja atualização pode ser um processo caro e complicado.

Mudanças climáticas

Fatores climáticos, como enchentes, secas, ventos fortes e chuvas intensas podem afetar a distribuição de energia em todo o país. Esses desafios são contornáveis, mas exigem planejamento estratégico e novos investimentos.

Impactos da reforma do setor elétrico na distribuição de energia

A reforma do setor elétrico tem sido muito debatida nos últimos anos e promete trazer mudanças importantes para a distribuição de energia. Seu principal objetivo é garantir a sustentabilidade do setor, tornando o abastecimento mais eficiente e competitivo. Abaixo, apresentamos alguns exemplos das possíveis mudanças.

Separação dos serviços de comercialização e distribuição de energia

Esse processo consiste em desagregar, na tarifa, os custos dos serviços de distribuição de energia elétrica, onde as funções de transporte (transmissão e distribuição) da energia são separadas da comercialização dessa energia. Além disso, é o que torna possível ao consumidor escolher se quer trocar seu fornecedor de venda de energia.

Abertura do mercado livre de energia

Atualmente, determinados tipos de consumidores de energia elétrica, como residenciais e pequenos comércios, não têm a liberdade de escolher seu fornecedor de energia. Com a abertura do mercado livre de energia a todos os consumidores, essa escolha se tornará possível, o que pode resultar em tarifas mais competitivas e serviços personalizados.

Aumento da competição entre empresas

Com a abertura do mercado de energia, as empresas competem de forma mais intensa, oferecendo ao consumidor a possibilidade de escolher seu fornecedor de eletricidade. Isso não apenas incentiva a redução de preços, mas também impulsiona melhorias na qualidade do serviço de abastecimento.

Implantação de fontes de energia renováveis

A reforma pode favorecer a inserção expressiva de fontes renováveis, como a solar e a eólica,  na matriz elétrica, além de promover a autogeração de energia. Isso pode impactar as distribuidoras, que precisarão reforçar a infraestrutura da rede elétrica, investindo em novas tecnologias e na modernização de equipamentos.  

Saiba como o Idec defende uma melhor distribuição de energia elétrica!

A distribuição de energia elétrica é fundamental para o bem-estar da sociedade, garantindo que lares, empresas e indústrias possam operar de maneira eficiente. Com uma infraestrutura adequada e a reforma no setor elétrico, é possível melhorar a qualidade do serviço e promover tarifas mais justas e acessíveis.

Essas mudanças são essenciais para um futuro energético mais sustentável e equilibrado. Quer saber mais sobre como a reforma do setor elétrico impacta diretamente o seu dia a dia? Fique por dentro das últimas novidades e entenda como essas transformações podem beneficiar você, consumidor!