A partir de 2013, o valor do reajuste das mensalidades das escolas de ensino fundamental e médio pode chegar a 15%, segundo afirma o Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo). Esse valor é superior à previsão do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) - o índice oficial da inflação no País medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - para o ano.

 

O Idec entende que tal valor constitui uma vantagem excessiva com relação à inflação. “O valor proporcional do reajuste da anuidade deveria estar vinculado a algum índice, mas muitas vezes não está. Se pegarmos o IPCA de educação acumulado de 12 meses até agosto, o valor é de 7,37% e não deve subir até o fim do ano. E o ICV (Índice do Custo de Vida) acumulado dos últimos 12 meses é de 8,8%”, afirma o gerente técnico do Idec, Carlos Thadeu de Oliveira.

 

O Sieeesp afirma que o reajuste previsto se justifica unicamente com o pagamento dos salários dos funcionários, um montante que pode alcançar os 70% da quantia a ser movida nas escolas, principalmente porque o aumento no salário dos funcionários é calculado por meio de três índices: o INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor) e IPC (Índice de Preços do Consumidor), além do ICV.

 

Vale lembrar ainda que os pais podem negociar o valor das mensalidades com as escolas. O Idec sugere ainda que essa negociação seja feita em grupos, pois dessa forma os pais mostram que essa é uma solicitação coletiva. “A melhor coisa é demonstrar para a direção da escola que aquela preocupação não é individual. Na medida do possível, às escolas que dispõe de conselhos de pais e grupos de pais - até mesmo grupos informais -  sugiro que os pais levem essa demanda a estes grupos e tentem negociar coletivamente. Qualquer dirigente de escola vai dar mais ouvidos a um grupo de oito ou dez pais do que a cada pai ou mãe, individualmente”, afirma Oliveira.