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Sabia que, em 2010, foi aprovada no Brasil uma norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinando que propagandas de produtos com quantidades elevadas de açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio e de bebidas com baixo teor nutricional deveriam vir acompanhadas de alertas para informar o risco do consumo excessivo desses alimentos?
Na prática, um alerta semelhante àqueles que aparecem nas embalagens de cigarro deveria constar em publicidades, cupons de desconto, aplicativos, sites, entre outros.
Porém, uma liminar que protegia grandes corporações, como as redes de fast food, foi cassada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que resultou no retorno da validade da norma. E agora essas indústrias terão que cumprí-la. A história está toda detalhada abaixo, vem conferir!
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Nutricionista do Idec, Ana Maya, acompanha momento que fiscal da Visa DF autua restaurante na Asa norte de Brasília.
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É pelo direito de saber o que comemos, que nós do Idec batalhamos para que normas e leis favoráveis às pessoas consumidoras sejam cumpridas.
E hoje viemos te contar que, em julho, realizamos uma denúncia junto à Vigilância Sanitária do Distrito Federal (Visa-DF) para que o órgão fizesse cumprir a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 24/2010 da Anvisa, que exige a inclusão de alertas sanitários com informações sobre riscos à saúde na publicidade de produtos com quantidades elevadas de nutrientes críticos.
E finalmente, na semana passada, aconteceu a fiscalização em uma loja do McDonald's em Brasília (DF). No total, sete restaurantes da rede foram autuados.
Mas toda indústria que fornece produtos que colocam em risco a saúde das pessoas, bem como as demais unidades dessa franquia mundial de fast food, terão que adequar todo seu material de comunicação visual de acordo com a norma.
Segundo a resolução, na prática, publicidades, cupons de desconto, aplicativos, sites, entre outros, deverão trazer alertas semelhantes a esse exemplo: “O Chicken McNuggets contém muito sódio e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de pressão alta e de doenças do coração. (art. 6º, III, “d”)”.
Essa informação não é nova. O Guia Alimentar para a População Brasileira apresenta a classificação Nova e considera os impactos negativos sobre o consumo dos produtos ultraprocessados.
Afinal, não é porque é “feito na hora” que é menos prejudicial para a saúde do que o salgadinho que está na prateleira do supermercado. Pois a gordura, o sódio e o açúcar são componentes de produtos ultraprocessados e têm evidências científicas que causam malefícios para a nossa saúde.
Estes três ingredientes estão relacionados com o desenvolvimento de obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como diabetes, doenças do coração, hipertensão, entre outras.
É a saúde das pessoas que está em jogo!
Em 2020, a Arcos Dourados - grupo responsável pela franquia no Brasil e na América Latina - perdeu na justiça uma ação que tentava se esquivar da inserção de alertas sanitários.
Inclusive, o McDonald's continua agindo como se não tivesse que se adequar às normas sanitárias que exigem a inserção de avisos sobre o excesso de nutrientes críticos.
Isso é uma questão de saúde pública!
Defendemos que os interesses da população estejam em primeiro lugar e que os órgãos responsáveis fiscalizem as gigantes da indústria, exercendo o seu poder de polícia sanitária, livre de interferências das grandes corporações!
E para que a gente possa continuar investigando e denunciando casos como este e defendendo o seu direito de saber o que você come, o apoio da sociedade é indispensável. Saiba mais como você pode fazer parte da nossa luta!
Quer ver mais detalhes sobre a norma e a denúncia do McDonald´s? Eles estão aqui no nosso site.
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VIVA
😃 Vamos comemorar!
O município de Ribeirão Preto aprovou projeto de lei (PL) nº 65/2023 para promover alimentação mais saudável nas escolas e nós do Idec participamos ativamente da construção e dos debates sobre esse projeto. Idec
ALERTA
🚨 Ultraprocessados e saúde mental
Uma pesquisa desenvolvida por universidades brasileiras associa o elevado consumo de ultraprocessados ao aumento do risco de depressão em adultos brasileiros. O estudo, realizado entre 2016 e 2020, analisou hábitos alimentares e mostrou que indivíduos que consumiram até 72% de calorias desses alimentos tiveram 82% mais chances de desenvolver depressão. Estado de Minas
DOWNLOAD
📄 O direito de estar livre da fome
A Aliança lançou uma cartilha que orienta a sociedade civil sobre como identificar e denunciar casos de insegurança alimentar e nutricional. O material foi apresentado em eventos no Rio Grande do Sul e está disponível gratuitamente, junto com vídeos explicativos. Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável
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Igor Britto
Diretor executivo do Idec
É de conhecimento público que essas redes de fast food comercializam produtos com quantidades elevadas de sódio, açúcar e gorduras saturadas. Isso precisa ser alertado às pessoas de maneira clara e ampla para que possam fazer suas próprias escolhas, pois todo mundo já sabe que o consumo excessivo dessas coisas faz muito mal à saúde. Mas essa informação tem sido escondida das grandes empresas de fast food, de refrigerantes e de ultraprocessados.
Essa denúncia foi importante para que se cumpra uma regra que já existe há quase quinze anos, e que as grandes empresas tentaram por todo esse tempo evitar que ela fosse aplicada. É nosso direito saber o que estão nos oferecendo, e precisamos assegurar o direito das pessoas de todas as idades que consomem lanches nessas redes saberem, de verdade, o que estão comendo.
Nós do Idec seguimos atentos ao cumprimento das leis e lutando pelo nosso direito a uma alimentação adequada, saudável e sustentável.
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Tesouro do Brasil
O cajueiro (Anacardium occidentale L.), nativo do Brasil, é amplamente cultivado no Nordeste, especialmente no Ceará, no Piauí e na Bahia. Sua árvore, que pode atingir até 10 metros de altura, é conhecida por suas flores perfumadas e sua produção do caju, um pseudofruto suculento, e da castanha-de-caju, seu verdadeiro fruto.
O caju é muito versátil na culinária, sendo utilizado em sucos, doces, licores e até em saladas, conferindo um sabor agridoce aos preparos. Da fruta tudo se aproveita. Dela é feita a cajuína, bebida típica do Norte e Nordeste brasileiros, sucos, polpas, mel e melaços, e até mesmo carne vegetal.
Flores felpudas e comestíveis
A Celósia (Celosia argentea), também conhecida como rabo-de-galo ou crista-de-galo-plumosa, é uma planta alimentícia não convencional (PANC) de folhas arroxeadas e inflorescências coloridas. Além de linda e presente em muitos jardins de praças, nas hortas em casa, nas calçadas e nos muros. Suas folhas, sementes e flores podem ser consumidas após o cozimento.
Elas são versáteis e podem substituir vegetais como espinafre em receitas de tortas, quiches e até pizzas, dando um toque de cor vibrante aos pratos. De fácil cultivo, a celósia cresce em diversos solos e se multiplica abundantemente, tornando-se uma ótima opção tanto ornamental quanto alimentar.
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Moqueca de carne de caju
Segue a mesma proposta de refogado com palmito e banana-da-terra. Fica muito saboroso, use especiarias e ervas para completar o sabor desta receita.
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Broa de legumes
Vai fubá, cará, mandioca, abóbora e batata doce e fica uma delícia! Vale fazer pois é uma receita que rende muitas unidades, todo mundo vai comer e repetir.
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Malassada com celósia
É uma receita bem brasileira e com ingredientes locais, super fácil de preparar. É algo entre uma omelete e uma panqueca, mas com textura e sabor únicos. Experimente fazer em casa.
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Somos uma organização de consumidores independente e sem fins lucrativos que atua em defesa dos nossos direitos em diversas áreas relacionadas ao consumo. Seja pressionando autoridades, denunciando empresas ou trazendo informação útil às pessoas, lutamos também pelo nosso direito a uma alimentação adequada, saudável e sustentável.
Por isso, se você puder, associe-se ao Idec para contribuir com nosso trabalho e ainda conte com vantagens e conteúdos exclusivos para exigir seus direitos. Com R$ 15 já é possível fazer grande diferença!
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