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Esse início de mês marca uma data importante: em 03 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Agroecologia. É urgente evidenciarmos cada vez mais a necessidade de mudar a forma de cultivo de alimentos, da atual monocultura para sistemas alimentares mais sustentáveis e sem uso de veneno. E assim chegamos na agroecologia. Fica, não vai ter bolo, mas tem muito assunto bacana sobre esse movimento.
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Para quem ainda não tem muita familiaridade, a agroecologia é um modelo de produção de alimentos que integra práticas sustentáveis com respeito ao meio ambiente, à biodiversidade e às tradições culturais.
Ela busca equilibrar a produção de alimentos com a conservação dos recursos naturais, promovendo a diversificação de culturas de alimentos, utilizando recursos orgânicos para adubar o solo e valorizando os conhecimentos de comunidades locais.
Atualmente, a nossa produção de alimentos é baseada na monocultura, ou seja, grandes extensões de terra com plantio de apenas um alimento, gerando esgotamento do solo, surgimento de pragas, uso de agrotóxicos para combater as pragas, e mais!
Essas monoculturas, como a de soja, trigo e milho, são a base da composição de muitos produtos alimentícios ultraprocessados.
Esse sistema, que polui rios, animais e pessoas com veneno, que esgota o solo e que elimina a biodiversidade de animais e plantas contribui para a mudança climática que estamos presenciando.
Adotar a agroecologia, além de contribuir para um sistema alimentar mais justo e saudável, resgata saberes ancestrais, favorece a geração de emprego e renda e a promoção de formas socialmente justas e ambientalmente sustentáveis de ocupação de áreas rurais e urbanas.
Em diversas cidades, existem projetos que aproveitam áreas ociosas e espaços subutilizados para cultivar alimentos agroecológicos, diversificando a oferta e promovendo a segurança alimentar e nutricional.
Em São Paulo e Recife, por exemplo, iniciativas comunitárias utilizam hortas urbanas para o abastecimento local, melhorando a qualidade da alimentação e fortalecendo os laços sociais entre as pessoas .
Além disso, a prática da agroecologia urbana contribui para a inclusão social, pois empodera pequenos produtores e, consequentemente, gera renda para comunidades periféricas.
Esses projetos também ajudam a preservar a biodiversidade e a combater o desperdício de alimentos, criando uma rede de apoio comunitário e incentivando o consumo consciente.
Aproveitando que é ano de eleição, você sabia que pode solicitar ao seu município que se inscreva no projeto do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) chamado 'Alimenta Cidades'? A iniciativa visa adotar ações e programas que possibilitem o acesso, a oferta e a disponibilidade de alimentos saudáveis para a população mais vulnerabilizada.
Os municípios podem manifestar interesse para o recebimento de apoio institucional e técnico para a estruturação, a implementação, o monitoramento e a avaliação de ações – conforme estabelecido pelo Decreto nº 11.822, de 2023 – entre março de 2024 e dezembro de 2026.
A agroecologia na sua rotina
Agora que você sabe o que é a agroecologia, saiba que é possível usufruir dela no seu dia a dia aderindo e fortalecendo trabalhos agroecológicos.
Nosso Mapa de Feiras Orgânicas te conecta com comércios e feiras de todas as regiões do país, promovendo o acesso a produtos frescos e livres de agrotóxicos, incentivando uma alimentação mais saudável.
A ferramenta é colaborativa, ou seja, além de consultar feiras e comércios de todo o Brasil, você pode cadastrar um novo local à nossa base e também conferir o acervo ótimo de receitas que tem por lá. Pesquise o alimento e veja a lista de sugestões.
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ARTIGO
🚜 O Impacto do Agronegócio no Brasil
Mesmo diante de secas e incêndios que afetam o Brasil, o agronegócio segue expandindo suas práticas que prejudicam o meio ambiente. Iniciativas como o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), que visam reduzir o uso de agrotóxicos e promover práticas agroecológicas, enfrentam resistência, dificultando soluções sustentáveis. Mídia Ninja
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🌱 Hortas Urbanas: promovendo saúde nas cidades
Organizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Saúde, o ebook destaca o papel das hortas comunitárias urbanas na promoção da saúde e da segurança alimentar e nutricional. A obra, disponível para download gratuito, explora como esses espaços ajudam a conectar pessoas, alimentos e práticas sustentáveis, fortalecendo a alimentação saudável e a autonomia social. Jornal da USP
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👎🏽 Não caia nesse papinho
Macarrão instantâneo sabor legumes, feijoada e pão na chapa são o suprassumo da enganação a você, pessoa consumidora. Ele já é um produto ultraprocessado e esses sabores que constam nas embalagens são só um monte de corante e aromatizante para viciar seu paladar além de, se consumido com frequência, gerar doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como diabetes e doenças do coração. Idec
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Kiko Mourão
Agente ambiental, gestor de projetos sociais e administrador
Para mim, a agroecologia está ligada à luta pela soberania alimentar, onde as comunidades têm o direito de decidir o que produzem e consomem, promovendo uma distribuição mais justa de recursos e fortalecendo a autonomia dos pequenos agricultores e povos tradicionais.
Individualmente, cada pessoa pode adotar práticas simples para colaborar com esse movimento. Participar de hortas comunitárias, criar jardins verticais em casa e reduzir o desperdício de alimentos por meio da compostagem são maneiras diretas de se envolver.
Ao consumir produtos locais e orgânicos, e apoiar políticas de justiça ambiental, podemos juntos criar um ambiente urbano mais verde e produtivo, que também atenda às necessidades sociais de inclusão e equidade.
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Indicada para reflorestamento e arborização urbana
Quando bem madura, a acerola lembra visualmente uma cereja. Ela é originária da América Central, mas se adaptou muito bem ao clima do Brasil que, atualmente, ocupa o espaço de maior produtor da fruta. Aproveitando a temática de produção de alimentos, em contexto urbano, a acerola é uma planta indicada para ações de reflorestamento, preservação ambiental, arborização, paisagismo e plantio doméstico.
O reflorestamento, por exemplo, corresponde à implantação de florestas em áreas que já foram degradadas. Se você pretende plantá-la em um canteiro ou em vasos, saiba que o plantio deve ser feito nos meses da estação das chuvas, e com muita profundidade para as raízes se desenvolverem.
Ela é toda comestível
Das raízes às folhas e flores, a Major Gomes - também conhecida como beldroegão, planta nativa das Américas - se adaptou tão bem a diferentes climas, que também se naturalizou em outros continentes. Versátil na culinária, pode ser usada em chás, saladas, sopas e até massas.
Mas é uma delícia para ser consumida como hortaliça, in natura. Suas folhas têm um sabor suave, combinam bem com receitas de sucos, tortas, omeletes e patês. É possível encontrá-la em várias regiões do Brasil. A planta cresce espontaneamente em todo o Brasil e é valorizada tanto crua quanto cozida, por seu valor nutritivo e sabor leve.
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Empanado de casca de banana
Se você ainda não aproveita a casca da banana para outras receitas, comece agora a usá-la. Nesse preparo, quase não há gosto da banana, prevalece o sabor do molho do empanamento e, claro, a crocância.
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Vitamina de morango com beterraba
É na primavera que o morango vai se despedindo, mas apesar da baixa safra, tem várias ofertas da fruta. Aproveite para fazer essa mistura, que fica incrível, além de muito cremosa. A beterraba também é doce, fica uma mistura linda e com uma coloração bem viva.
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Aveioca com major gomes
Fica uma espécie de panqueca para enrolar e usar essa planta comestível não convencional (PANC) maravilhosa no recheio. Experimente com essa e tantas outras verduras. Funciona e fica muito bom.
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