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Ninguém te conta que a origem da carne que consome pode influenciar nas mudanças climáticas, mas você sente. Ou sentirá muito em breve. E isso tem reforço em dados catalogados por instituições importantes.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o setor pecuário é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa, contribuindo com 14,5% das emissões globais.
Bom, essa edição está imperdível, repleta de dados importantes e ao final, queremos te fazer um convite: integrar esse movimento por um consumo mais consciente e sustentável.
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Você consegue estabelecer conexões entre a alimentação e as mudanças climáticas?
Os pastos parecem uma realidade muito distante dos centros urbanos onde a maioria das pessoas estão, mas a pecuária está associada a diversos impactos ambientais que chegam nas cidades e a gente precisa falar e fazer algo sobre isso.
Mesmo com toda a relação histórica e cultural do consumo de carne bovina, vamos passar o olho rápido sobre alguns problemas cuja causa direta é a criação extensiva de gado?
- Segundo documento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) publicado em dezembro de 2023, a conversão de florestas em pastagens leva à perda de habitat para inúmeras espécies, ameaçando a biodiversidade global.
- O mesmo estudo apontou ainda que o setor pecuário consome aproximadamente um terço de toda a água doce do planeta.
- O Fundo Mundial para a Natureza (World Wide Fund for Nature - WWF Brasil) estima que 80% das áreas desmatadas no Brasil sejam ocupadas por pastagens.
- E os processos de atividades do sistema alimentar atual (como o cultivo de bovinos, o tratamento, o armazenamento e a disposição dos dejetos animais gerados pela produção agropecuária, o uso de agrotóxicos sintéticos nitrogenados e a queima de combustíveis na agropecuária) são responsáveis por 73,7% dos gases de efeito estufa (GEE) emitidos no país, segundo monitoramento do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
Sim, os dados são bem impactantes e a própria natureza dá nítidas evidências sobre a urgência de adotarmos ações concretas para reduzir as emissões dos GEE.
Diante dessa realidade, uma série de medidas precisam ser adotadas, desde a produção até o consumo da carne, e entre elas, uma das que nós consumidores podemos exigir das autoridades e fornecedores é sobre a transparência na cadeia produtiva da carne bovina.
Batalharmos pela rastreabilidade da carne que consumimos no dia a dia é mais do que uma simples curiosidade, é um direito da pessoa consumidora e um ato em prol do meio ambiente.
Afinal, ao termos acesso à origem do alimento na embalagem do produto, podemos fazer escolhas mais saudáveis e sustentáveis.
Esse foi um desejo manifestado pelas pessoas entrevistadas em uma pesquisa que realizamos no ano passado. Foram ouvidos mil indivíduos em âmbito nacional e 95% deles afirmou que, ao adquirir uma carne, levaria em consideração a informação sobre a sua origem, se tal informação estivesse presente no rótulo do produto.
Quando perguntados se gostariam de saber mais sobre a origem da carne (bovina, frango, cordeiro ou porco), 85% informaram que sim, que procuram essas informações sobre as carnes que adquirem, porém sentem falta de fontes confiáveis sobre esses alimentos.
É muito positivo para a sociedade saber de onde vem a carne que consome, pois isso promove práticas mais sustentáveis e éticas na cadeia de produção.
Além disso, certificar e identificar a origem da carne boniva ajuda a combater o desmatamento ilegal e a proteger ecossistemas sensíveis, como a Amazônia.
Há vários outros pontos para que essa medida seja, de fato, uma regulamentação pública e a informação sobre a origem da carne conste nas embalagens. Quer saber todos eles e como você pode apoiar essa causa? Acesse nossa campanha De Onde Vem a Carne e amplie essa voz com a gente!
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CONFIRA
🌱 Possibilidades de refeições
Você sabia que está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) nº 1.057/24, que quer tornar obrigatória a oferta de alimentação vegana na administração pública, incluindo escolas, universidades, ministérios, autarquias, presídios e hospitais? Câmara dos Deputados
ESTUDO
🥘 O que chega à mesa?
Essa série de reportagens aponta dados sobre rotinas de vida, trabalho, aquisição e consumo de alimentos e como são constituídos seus hábitos alimentares em lares chefiados por mulheres negras no Nordeste. Gênero Número
LEIA
📺 TV e refeição, combinam?
Nosso Guia Alimentar para a População Brasileira é super vanguardista, pois desde 2014 ele recomenda que a gente prepare um ambiente sem distrações de telas, cercado de pessoas e conversas de qualidade durante as refeições. Na reportagem a seguir, pesquisadores alertam sobre a qualidade e a quantidade de alimentos ingeridos associados com o uso de telas. BBC
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Lorenza Longhi
Especialista em Saúde Pública e consultora em Advocacy no Idec
O Brasil se destaca como um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo, com um rebanho maior que a população brasileira.
Se existe o compromisso de implementar estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas e a ambição de sermos um país com um modelo de desenvolvimento sustentável, é fundamental avançar em medidas que inibam o desmatamento ilegal e legal.
Nesse sentido, a implementação de um sistema de rastreabilidade da cadeia da carne emerge como uma etapa indispensável para garantir a conformidade socioambiental e a responsabilidade dos produtores.
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Do coco tudo se aproveita
Essa fruta tropical é versátil no consumo e gera vários alimentos e recursos sustentáveis. Veja só: começando pela camada externa, da fibra do coco é possível gerar substrato para plantas e hortas, capachos, escovas, estofamentos e tecidos grossos para sacos.
A água dentro do fruto é um néctar, todo mundo adora se hidratar com ela! Já a polpa transforma-se em leite, coco ralado, farelo e óleo. E com o leite de coco e o coco ralado é possível preparar uma infinidade de pratos doces e salgados, como moqueca, frango ao molho de leite de coco, mingau, bolo, sorvete, compotas, entre outros.
É um tipo de pimenta…
…mas o pimentão não tem a mesma ardência das parentes. É diferente da cenoura, que tem várias espécies de cores diferentes. Verde, amarelo e vermelho são os estágios da mesma espécie de pimentão.
Achando uma boa oferta de pimentões, lave bem, pique, seque e congele uma parte para sempre usar nas receitas de molhos.
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Bolo de sapoti
Esse bolo fica incrível! Encontrou a fruta na feira ou no mercado, faça! Visualmente, a fruta lembra uma nectarina, mas no sabor fica próxima de uma atemoia.
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Creme doce de mandioca
Pode ser consumido puro, após bater no liquidificador. Mas é muito possível montar uma sobremesa intercalando frutas, sementes e esse creme. O sabor dele é neutro e combina bem com qualquer alimento.
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Macarrão com espinafre
Essa combinação fica sensacional e vai ao forno, com a proposta de uma farofinha crocante por cima que dá todo um sabor especial para esse prato.
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Somos uma organização de consumidores independente e sem fins lucrativos que atua em defesa dos nossos direitos em diversas áreas relacionadas ao consumo. Seja pressionando autoridades, denunciando empresas ou trazendo informação útil às pessoas, lutamos também pelo nosso direito a uma alimentação adequada, saudável e sustentável.
Por isso, se você puder, associe-se ao Idec para contribuir com nosso trabalho e ainda conte com vantagens e conteúdos exclusivos para exigir seus direitos. Com R$ 15 já é possível fazer grande diferença!
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