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Como já é de costume, quando chega este mês, a gente integra e participa da campanha do Agosto Dourado.
Amamentação é um tema que diz respeito a todo mundo e existem situações que nem sempre são percebidas, mas merecem reflexão e debate: a injustiça social que se desencadeia em privações e as desvantagens para a prática do aleitamento humano.
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É preciso reforçar a mensagem colocada lá em cima: a amamentação é um tema que deve ser do interesse de todas as pessoas.
A reflexão começa com: como foi a nossa amamentação? Quais recursos públicos, coletivos, temos implementado para garantir a melhoria do aleitamento humano no Brasil?
Entre 1986 e 2006, a amamentação continuada no primeiro ano de vida chegou a 47,2%. Já entre 2006 e 2013, a taxa de aleitamento humano exclusivo até os seis meses de idade se manteve em 37,1% e depois regrediu para 36,6%.
Alguns fatores podem ter relação com o não crescimento desse índice: insegurança alimentar, desemprego, pobreza, desamparo, interferência da indústria e outras tantas inseguranças socioeconômicas impactam no aleitamento humano.
No Brasil não há uma lei que obrigue empresas e repartições públicas a instalarem uma sala de apoio para lactantes fazerem uma ordenha segura, com armazenamento de leite e espaço para a família levar o bebê para ser amamentado.
Esse também é um dos problemas que dificultam a manutenção do aleitamento quando quem amamenta tem que voltar ao trabalho, pois após a licença passa por situações de estresse que podem ocasionar baixa produção de leite e, por consequência, a interrupção da amamentação.
O trabalho informal, sem carteira assinada e sem garantia de um salário fixo ao fim do mês também é uma situação que pode gerar insegurança alimentar, social e econômica dessa família, uma má alimentação da pessoa lactante e, consequentemente, do bebê.
Lactantes que não podem contar com a chamada ‘rede de apoio’ para aliviar um pouco do cansaço em decorrência do cuidado exclusivo com o recém-nascido.
É em cima dessas dificuldades que a indústria do ultraprocessado tenta penetrar de maneira sutil e se solidificar no meio da sociedade.
Oferecem a “solução” com produtos que competem com o leite humano: ultraprocessados repletos de açúcar, sendo que esse ingrediente não deve ser consumido por menores de dois anos e evitado para pessoas maiores do que essa idade.
O leite humano é um dos principais imunizantes do bebê. Ajuda a prevenir infecções, entre outros problemas de saúde. O leite contém água, nutrientes e anticorpos suficientes e adequados para cada fase de vida da criança.
Os estudos indicam os benefícios físicos, mentais e emocionais que o aleitamento proporciona para quem amamenta e para as crianças.
Vamos então listar como é possível ampliar esse apoio à amamentação?
- A "Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável e a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB)" são duas estratégias unidas que visam estimular o aleitamento humano e a alimentação adequada e saudável para crianças no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Essas ações conjuntas precisam ser resgatadas e, principalmente, retomada a qualificação de profissionais que atendem pessoas gestantes e suas famílias nas unidades básicas de saúde por todo Brasil.
- A ampliação da Rede de Bancos de Leite Humano pelo país, estimulando pessoas a doarem leite e terem estoque suficiente para suprir a demanda das famílias que recorrem a esse instrumento público.
- Os programas de auxílio financeiro para famílias de baixa renda garantem o custeio da alimentação da família e a aquisição de itens para higiene e bem-estar e precisam ter os valores revistos.
- Um pré-natal orientativo e empático, que oferece não só orientações, mas capacita a família a entender os motivos de a amamentação deve ser preservada.
- Leis que tornem obrigatória a implementação de uma sala de amamentação em empresas privadas e espaços públicos.
- Maior rigor na lei para manter pessoas que amamentam empregadas sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
- Que exista uma regulamentação rigorosa de campanhas digitais que proíba que pessoas públicas, com relevância social, promovam o uso de produtos que competem com o leite materno (propaganda paga) influenciando as decisões das famílias em relação à alimentação infantil. Para se ter noção, algumas das técnicas de publicidade passam por promoções e brindes gratuitos, anúncios patrocinados, um mundo “perfeito” e resolutivo das fórmulas, entre outros mecanismos abusivos.
- Vamos sempre bater na tecla da importante conquista que tivemos quando a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) foi transformada em lei, em 2006. Ela é o mecanismo público de proteção à amamentação e que desenvolveu a fiscalização e a aplicação de políticas regulatórias para bebês e crianças pequenas.
Não apenas no Agosto Dourado. A amamentação é a melhor opção e deve ser sempre estimulada e apoiada. Afinal, não existe substituto à altura do leite humano.
Achou o tema importante? Preparamos aqui um guia rápido com outras propostas de apoio e proteção à amamentação e à alimentação complementar saudável que você pode compartilhar para que mais pessoas se engajem nessa causa.
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ASSISTA
👎 Não pega bem
Nunca é demais lembrar que as indústrias de bebidas açucaradas causam milhares de prejuízos, seja para a saúde pública ou para o meio ambiente. O fato de estarem envolvidos em eventos esportivos não podem compensar esses malefícios. Idec
IMPORTANTE
🥘 Muito mais do que um lanche
Nos unimos em mais essa luta, que é a carta endereçada ao governo federal, ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário solicitando o aprimoramento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), entendendo que a alimentação escolar é muito mais do que um lanche. Além disso, foram solicitados pontos de facilitação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para a região amazônica, entre outras reivindicações. Brasil de Fato
AGRADECIMENTO
🌍 Reconhecimento importante
Nós do Idec fomos citados no Relatório Nacional Voluntário (RNV) como uma das organizações que têm boas práticas na implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). É um reconhecimento importante da nossa organização que atua em defesa do direito de pessoas consumidoras e da sociedade há 37 anos, em favor da população por mais dignidade, saúde e respeito, de maneira totalmente independente de empresas e do governo. Idec
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Gratia Medeiros
Rio de Janeiro
Minha alimentação é base para o meu bem-estar, meu humor, tudo! Quando eu vou cozinhar para mim, me inspiro muito nos pratos de comida que a minha mãe fazia na minha infância e adolescência. É uma forma de matar a saudade e de me manter em equilíbrio, saudável.
É óbvio que aprendi várias receitas novas e procuro incrementar meu cardápio, mas a base são alimentos o mais natural possível, de vez em quando entra um industrializado mas não fazem parte da rotina!
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Opção doce e refrescante
O melão é uma opção de fruta doce e refrescante, de origem asiática, mas que se adaptou bem ao clima brasileiro. Apesar da casca rígida, existem alguns sinais para identificar se a fruta está madura.
Ele está num ponto bom se você fizer uma leve pressão nas extremidades e o melão ceder levemente e as sementes estiverem soltas (sacuda a fruta e veja se faz esse ruído). E falando em sementes, não as descarte! Deixe secar e utilize no preparo de uma granola, ou bata, coe e junte com outras frutas em uma vitamina.
De um sabor inconfundível
Se vendarem seus olhos, certamente você consegue adivinhar o cheiro e o gosto do orégano, já que essa erva é bem característica. Ela originalmente surgiu nas montanhas entre as rochas do Mar Mediterrâneo. Por isso, a palavra “orégano” quer dizer “alegria da montanha”. Para os gregos, a erva possuía a magia de trazer felicidade. Nos casamentos da Grécia antiga, os noivos se coroavam com orégano e plantavam o tempero nos cemitérios para assegurar uma vida feliz no outro mundo.
Agora vão algumas dicas para ter um exemplar em casa e colher orégano fresco para seus preparos culinários. Plante em solo bem drenado e adubado, mantenha a rega com frequência. A erva gosta de temperaturas amenas para moderadamente quente. Escolha um lugar arejado mas com luz direta para manter sua muda de orégano.
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Mousse de abacate, cacau e canela
Esse creminho fica incrível e tem um preparo muito simples e rápido de fazer, pode envolver todos os membros da família. O cacau e a canela disputam o protagonismo do sabor, a combinação com abacate funciona muito bem.
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Caldo de fava
Misturada com especiarias e outros ingredientes, este caldo fica bem cremoso. As favas têm um sabor que lembra a batata inglesa e uma textura granulada, mas ligeiramente amanteigada.
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Sopa de ervilha com hortelã
Apesar de não estar listada, também é época da ervilha. A hortelã é batida no liquidificador antes de ir para o fogo, ela não escurece, pelo contrário, garante um verde lindo para o creme e uma dose certa de frescor, mesmo com esse preparo quente.
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Somos uma organização de consumidores independente e sem fins lucrativos que atua em defesa dos nossos direitos em diversas áreas relacionadas ao consumo. Seja pressionando autoridades, denunciando empresas ou trazendo informação útil às pessoas, lutamos também pelo nosso direito a uma alimentação adequada, saudável e sustentável.
Por isso, se você puder, associe-se ao Idec para contribuir com nosso trabalho e ainda conte com vantagens e conteúdos exclusivos para exigir seus direitos. Com R$ 15 já é possível fazer grande diferença!
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