Não é novidade por aqui que os ultraprocessados, produtos frequentemente encontrados nas prateleiras dos supermercados, levam substâncias pouco conhecidas na sua composição.
Uma bebida de caixinha, que traz na sua embalagem cores chamativas e imagens de uma frutas, geralmente tem a cor e o aroma muito mais intenso e um sabor doce muito marcante, bem diferente do suco natural, feito pela extração do suco da goiaba ou da laranja, por exemplo.
Nas garrafas de bebidas lácteas e iogurtes, na parte da frente aparece estampado uma porção de “benefícios” como a presença de vitaminas e minerais. Só que se você olhar bem na lista de ingredientes, também vai encontrar listados alguns aditivos alimentares que potencializam a cor, o sabor e o aroma, por exemplo, que nem foram destacados na outra parte do rótulo.
E são esses tipos de aditivos, corantes, aromatizantes e edulcorantes, que - também - dão a característica para que o produto seja considerado um ultraprocessado.
Se você pegar a bebida de pozinho, o achocolatado pronto, o refrigerante, os biscoitos doces, as bebidas lácteas e olhar para a composição deles, vai encontrar nomes, como:
edulcorante acessulfame de potássio ou acessulfame K, aromatizantes, corante amarelo tartrazina, corante caramelo IV, edulcorante ciclamato de sódio, corante dióxido de titânio, aroma natural de…, corante ponceau 4R, edulcorante sucralose…
… e outros tantos que tomariam todo o espaço da nossa conversa!
Eles são aprovados para uso pela indústria e estão presentes nos produtos ultraprocessados. Entretanto, já está mais do que comprovado que o consumo de ultraprocessados em excesso está associado ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão, diabetes, doenças do coração, além de obesidade e até câncer.
Por isso, incentivamos que você leia a lista de ingredientes, que geralmente fica na parte de trás da embalagem, para conseguir identificar facilmente os ultraprocessados e fazer escolhas com mais informações para você e sua família. O selo “alto em” é um ótimo aviso ao seu favor, mas não é apenas nele que vale a pena você prestar atenção.
Funciona assim: em todo rótulo, os ingredientes aparecem em ordem decrescente, ou seja, da maior quantidade para a menor. A única exceção são os aditivos alimentares, que são declarados no final da lista, independente da sua quantidade. Sendo assim, as principais recomendações, são:
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Quando encontrar aromatizantes, corantes e/ou edulcorantes, prefira os produtos sem essas substâncias. Afinal, a presença de algum deles na composição são indicadores de ultraprocessados.
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Dê sempre preferência aos alimentos in natura e minimamente processados e preparações culinárias feitas a partir deles.
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Evite os produtos que contêm açúcar, sal ou gordura entre os primeiros ingredientes da lista.
É sobre esse assunto que nós do Idec estamos lançando uma nova campanha “Se ligue nas letras miúdas”, para chamar a atenção das pessoas consumidoras sobre essas informações importantes e aumentar a conscientização a respeito do que comemos. Pois nos rótulos, não é isso que a indústria de ultraprocessados vai destacar para nós!
Quer saber mais sobre os aditivos alimentares, como constam nas embalagens e dicas para sua leitura dos rótulos? Confira tudo na nossa página De Olho nos Rótulos e compartilhe com quem precisa saber disso.
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