A rede de solidariedade que está movimentando o país em prol dos gaúchos evidenciou um projeto que já existe há algum tempo e hoje vamos contar melhor sobre o que são cozinhas solidárias e cozinhas comunitárias.
Elas são equipamentos de segurança alimentar e nutricional (SAN), ou seja, são espaços que contribuem para a garantia do direito das pessoas ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente.
As refeições distribuídas nesses espaços devem combater a insegurança alimentar e nutricional e respeitar a cultura alimentar regional.
As cozinhas comunitárias, são unidades de alimentação de tamanho médio e financiadas com recursos públicos, para fornecer refeições adequadas e saudáveis prontas para o consumo, gratuitamente ou a um preço acessível.
Já as cozinhas solidárias são unidades de alimentação, não-estatais, organizadas pela comunidade local por meio de coletivos populares. Elas surgiram no país nos anos 80 e 90 nas periferias, de forma localizada pelas mãos das associações de moradores.
Mas foi na pandemia de Covid-19 que esses espaços foram ampliados e se fortaleceram pelo país, afinal, no ano de 2022, cerca de 33 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar e nutricional, segundo o inquérito da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).
E são essas mesmas cozinhas que estão produzindo milhares de refeições por dia para a população em vulnerabilidade do RS se alimentar adequadamente.
Tem se unido a essas iniciativas a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que na semana passada, começou a entregar cestas de alimentos saudáveis às cozinhas que estão preparando refeições para as famílias atingidas pelas enchentes.
São refeições saudáveis, gratuitas, resultado de um esforço coletivo de todo país, transformadas em afeto para quem perdeu tanto.
O momento requer muito de todos nós. Nossa reflexão de hoje é que possamos ser solidários, que possamos ajudar quem precisa de forma responsável e possamos, coletivamente, superar tudo isso.
A situação está longe de estar normalizada e se você quiser e puder ajudar, confira nesta publicação como você pode contribuir com o trabalho de entidades que estão na linha de frente do amparo e do cuidado à população.
E se quiser saber mais sobre o que comprar para enviar cestas básicas saudáveis para o RS, conheça o documento que define a relação de alimentos que podem compor a Cesta Básica de Alimentos de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira.
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