Degelo, desertificação, alteração do regime das chuvas, inundações cada vez mais graves intercaladas com fortes secas e redução da biodiversidade, são algumas consequências do aquecimento global.
Você consegue apontar algumas das causas que fizeram o planeta chegar nesse ponto?
O ponto de partida para entendermos a crise climática está nas emissões de gases de efeito estufa (GEE), que é um fenômeno natural que permite a existência de vida na Terra como a conhecemos.
Sem o efeito estufa, o calor escaparia, causando um esfriamento que tornaria o planeta inabitável. Quando em equilíbrio, ele mantém a temperatura do planeta estável. Porém, seu agravamento pode trazer consequências para a existência e permanência da vida no planeta.
Os gases: dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso são alguns dos gases que pairam na atmosfera terrestre. E quanto mais gases destes são liberados, a energia solar que deveria ser irradiada para o espaço, fica presa na atmosfera.
E os processos de atividades do sistema alimentar atual, como: cultivo de bovinos; tratamento, armazenamento e disposição dos dejetos animais gerados pela produção agropecuária, uso de agrotóxicos sintéticos nitrogenados, e queima de combustíveis na agropecuária são responsáveis por 73,7% dos gases de efeito estufa emitidos no país, segundo monitoramento do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
E em um país que produz e consome tanta carne, era importante para o Idec compreender como está a percepção de quem vai ao mercado e compra carne, afinal, parte deste problema tem a ver com a produção e comercialização extensiva de gado.
E vale destacar aqui que serão abordadas em outras edições do “Tá na Mesa” as etapas da criação de animais até a disponibilização do produto final embalado e o impacto que essa cadeia alimentar causa no meio ambiente.
Agora, que tal olharmos coletivamente para a pesquisa? Nós, enquanto entidade da sociedade civil, podemos nos mobilizar por políticas públicas e ações de acordo com esses resultados.
É um relatório que diz muito sobre hábitos, comportamentos e o acesso à informação, e tudo isso pode ser aprimorado visando à saúde coletiva e à sustentabilidade do planeta.
Pois bem, em agosto de 2023, foram ouvidas mil pessoas em âmbito nacional. Todas elas com 18 anos ou mais, sendo 58% dos entrevistados da classe C e a maioria residentes de alguma capital brasileira.
Quando perguntados se gostariam de saber mais sobre a origem da carne (bovina, frango, cordeiro ou porco), 85% informaram que sim, procuram essas informações sobre as carnes que adquirem, porém sentem falta de fontes confiáveis sobre esses alimentos.
Ainda que o rótulo tenha uma influência no poder de decisão, com 9 em cada 10 pessoas afirmando que as informações do rótulo/embalagem são levadas em consideração para escolher um alimento…
…ao enumerar os atributos mais importantes para a compra de carnes, 7 em cada 10 pessoas apontam como prioridade na escolha o preço do produto e a boa higiene do local onde ocorre a venda do alimento.
Ao comprar uma carne, apenas 1% leva em consideração a garantia dos direitos territoriais dos povos indígenas e comunidades tradicionais no processo de produção da carne.
As pesquisas mais recentes sobre mudanças climáticas deixam clara a urgência de adotarmos ações concretas para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa.
Pois essa alta concentração de gases resulta na poluição do ar, chuva ácida, aumento da temperatura global, derretimento de calotas de gelo, elevação do nível dos oceanos, entre outras consequências que temos assistido acontecer com o planeta Terra.
Por isso, te convidamos a refletir sobre todo o processo: da produção até o consumo da carne e as possíveis estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas.
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