Agosto chegou e com ele nosso apoio a mais um ano de campanha do Agosto Dourado. A proposta dessa ação é reforçar para mães, pais, familiares, cuidadores, instituições públicas e profissionais da saúde o quanto o leite humano é considerado um alimento com todos os nutrientes que o bebê necessita até os seis meses de vida, além de também querermos proteger o direito e a continuidade do aleitamento para pessoas que amamentam e bebês no local de trabalho.

Todo agosto, nós do Idec junto a outras entidades utilizamos os meios de comunicação para propagarmos essa campanha tão necessária para a saúde e o bem-estar.

O Agosto Dourado visa ampliar direitos, discutir temas importantes, além de conscientizar famílias e o público em geral sobre a importância da realização e manutenção do aleitamento.

Afinal, nós, humanos, somos classificados como mamíferos porque temos um corpo capaz de produzir leite e alimentar os filhotes.

E ao longo da evolução, tivemos o instinto de acomodar a cria ao peito e fornecer alimento por meio do leite que jorra das mamas.

Mas o avanço da tecnologia e a publicidade têm nos afastado dessa prática tão importante.

O leite humano é ancestral e possui uma lista de inúmeros benefícios, por isso ele é chamado de “ouro líquido”.

Ah, e não tem essa de leite fraco pois ele atende a todas as necessidades nutricionais e imunológicas dos recém-nascidos.

É um alimento que protege contra doenças e a sua ingestão reduz o risco de morte por diarreia e infecções respiratórias.

A amamentação também diminui o risco de má oclusão dentária, e o desenvolvimento futuro de obesidade e diabetes nas crianças.

As pessoas que amamentam seus bebês também têm um risco menor de desenvolverem câncer de mama e de ovário, diabetes e obesidade.

Amamentar é importante, mas é também um desafio. Com o término do período de licença, a pessoa que amamenta é colocada nessa difícil decisão entre carreira e saúde.

Existem possibilidades e elas precisam chegar até as famílias que vivenciam o momento da amamentação.

Como garantir apoio à amamentação com a volta ao trabalho? 

• Localizar, dialogar e construir uma rede de apoio que entenda os benefícios do aleitamento e embarque com a pessoa que amamenta nessa jornada
• Dias antes da volta ao trabalho, pode-se iniciar um estoque de leite humano no freezer ou congelador, para que um cuidador ofereça o alimento ao bebê. O leite tem validade de 15 dias, dessa forma, é possível retornar ao trabalho sabendo que seu bebê estará bem alimentado
• A pessoa lactante tem o direito de ter dois intervalos, de meia hora cada um, durante a jornada de trabalho, que não devem ser confundidos com os intervalos normais para repouso e alimentação, para amamentar o seu filho até os seis meses de idade
• Outras pessoas da família podem levar a criança no horário dos intervalos que ela seja amamentada, como garante a lei
• Quando a saúde do filho exigir, o período de seis meses poderá ser aumentado, a critério do médico. Quem amamenta também pode ter a jornada de trabalho reduzida, em até 2 horas, caso a duração do trabalho seja superior a seis horas, quando o estabelecimento não dispõe de local para amamentação e não há possibilidade de ir até o bebê

Junte-se a nós na defesa do aleitamento para as nossas crianças e pela segurança e saúde de quem as amamenta.

Apesar de ainda termos muito que construir, confira aqui como o Brasil é um dos países que mais avançou em relação à proteção do aleitamento.