A mandioca merece todas as saudações!
Quando foi descoberta pelos povos originários há cerca de 9.000 anos, ela era apenas uma raiz no meio do mato.
Ao longo do tempo os indígenas fizeram descobertas surpreendentes sobre a mandioca, além de terem desenvolvido mecanismos para aproveitar ao máximo o alimento.
Exemplo disso foi o tipiti, um cesto cilíndrico feito de palha. Ele se estica e torce proporcionando a separação da massa da mandioca do sumo que dá origem ao tucupi e ao polvilho doce (ou goma de mandioca).
Esse “digestor” da massa de mandioca possivelmente foi inspirado nas cobras constritoras, sucuri e jibóia.
Eles entenderam também que deixar a goma da mandioca descansando por alguns dias resultava em um processo de fermentação e numa outra variedade de polvilho, o azedo.
Os fazedores de pão de queijo que nos leem sabem que esse é o polvilho ideal para fazer a massa de pão de queijo.
E foi por conta de tudo que se aprendeu e se desenvolveu sobre a mandioca que a Organização das Nações Unidas (ONU) a elegeu como o alimento mais importante do século 21.
A mandioca é nativa da nossa terra, mas se adaptou ao solo de outras regiões e hoje ela serve como base de alimentação de mais de 800 milhões de pessoas no mundo.
Reverenciar a mandioca é dar mais valor a esse alimento.
Passar para frente essa história linda e rica sobre a descoberta de uma raiz selvagem que foi transformada em alimento.
Precisamos cobrar por políticas públicas que amparem produtores rurais que anonimamente vêm garantindo o abastecimento desse importante alimento e seus subprodutos para todo o Brasil.
Que tenhamos cultivos cada vez melhores, mais sustentáveis e com infraestrutura social e qualidade nas condições de trabalho para quem cultiva e faz o tratamento da mandioca.
Como de costume, preparamos um especial sobre esse tubérculo, que está repleto de curiosidades, informações técnicas, lendas e muito mais. Confira aqui e saudemos a mandioca!
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