Ouvimos as pessoas mais velhas da família contando como antigamente a alimentação era intuitiva, repleta de alimentos in natura, época em que as receitas eram compartilhadas oralmente.
A indústria que detém a monocultura surgiu e transformou o alimento em produto, visando o lucro.
Mas queremos lançar um convite para o movimento contrário, para o resgate do que é nativo, mudar o pensamento do que foi posto para a gente até hoje.
Esse é o movimento de decolonizar a alimentação.
A gente merece e precisa decidir o que colocar no prato. E enquanto sociedade, decidir o que vamos produzir e como produzir. É momento de fortalecermos e resgatarmos a agroecologia.
Ela é uma agricultura sustentável que vai retomando as concepções sobre agricultura que era praticada antes da Revolução Verde, que introduziu na sociedade os agrotóxicos, as sementes transgênicas, a monocultura e, consequentemente, a fabricação dos ultraprocessados.
Quer saber como efetivamente fazer a decolonização do seu prato?
Que tal ler sobre as origens dos pratos populares, como o feijão tropeiro, a moqueca ou a bebida tereré?
Priorizar alimentos in natura ao invés dos ultraprocessados é também uma forma de decolonizar o prato.
Quando cozinhamos, resgatamos receitas ancestrais e contemporâneas.
Cozinhar nos exige resgatar alguma história.
E para reforçar essa reaproximação com as nossas origens, queremos compartilhar o esforço coletivo da equipe do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec em produzir esse material gratuito: Cozinhas Regionais Brasileiras.
A publicação faz referência ao estudo de vários pesquisadores brasileiros e contou também com o diálogo e a memória viva de cozinheiras e cozinheiros que defendem a alimentação saudável, afetiva e ancestral.
Conheça, valorize e aprecie a formação da cultura culinária do nosso país. Boa leitura!
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