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Tá na Mesa | Arquivo - Sua porção semanal de alimentação saudável e sustentável

Arquivo Tá na Mesa -
Edição de 19 de Abril de 2023

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Sua porção semanal de alimentação saudável e sustentável
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SUA PORÇÃO SEMANAL DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL

19 de abril é Dia dos Povos Indígenas e fica a reflexão: como honramos e respeitamos a população originária dessa terra? Vamos apontar alguns caminhos e, claro, nenhum deles passa por fornecer cesta básica com ultraprocessados para essas populações.

De geração em geração, os indígenas têm por hábito conseguir alimentos por meio da caça, pesca, plantio e coleta de alimentos fornecidos pela natureza. 

Entretanto, é de conhecimento público que o desmatamento, a contaminação do solo por uso de agrotóxicos e a mineração em áreas protegidas acarretaram uma série de problemas na vida dos povos originários. 

Somado à isso, foram surgindo cidades, estradas, empresas e comércios em regiões que antes só viviam a comunidade local. 

E assim houve o contato com os produtos ultraprocessados. 

O refrigerante entrou na comemoração de aniversário entre parentes. Em muitos casos, os enlatados tomaram o lugar dos peixes frescos. Produtos açucarados mudaram a rotina das crianças.

Os ultraprocessados se tornaram uma realidade na rotina alimentar desses povos devido a todas as transformações, agravadas pelas dificuldades relacionadas às mudanças climáticas dos territórios, que prejudicaram o cultivo das roças, a obtenção de caça, pesca e coleta de alimentos.

Muitos recorrem aos alimentos da cidade por não terem outra opção. 

Mas a alimentação indígena precisa ser respeitada. 

Nós do Idec defendemos a garantia de todo ser humano ter o direito a uma alimentação adequada e saudável. 

O que queremos dizer com alimentação adequada e saudável é seguir as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, produzido pelo Ministério da Saúde, para que se dê preferência a refeições preparadas com alimentos in natura ou minimamente processados. 

Mas é necessário refletir e agir para que essa alimentação adequada e saudável leve em conta a cultura alimentar de cada povo. 

  • O primeiro passo é dialogar com as comunidades, ouvir suas demandas, as dificuldades que enfrentam em seus territórios, compreender o que entendem por saúde e alimentação saudável. 
  • A partir disso, é necessário formular um inquérito relatorizando especificamente quais são os hábitos alimentares das etnias indígenas. 
  • Devemos fornecer alimentos em cestas básicas que subsidiem as famílias a prepararem seus próprios alimentos, com base na sua cultura tradicional. 
  • A contratação e a inclusão de profissionais indígenas em equipes de saúde e assistência social são fundamentais para o enfrentamento destes problemas 
  • As oficinas de culinária são uma estratégia coletiva que já mostrou êxito no Projeto Xingu, promovido pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Quanto de açúcar deve ter o café? E a quantidade de óleo para fritar um peixe, preparar a comida? Ações de educação alimentar e nutricional são medidas importantes que contribuem para aumento da autonomia para escolhas alimentares mais saudáveis 
  • Políticas públicas, como o Bolsa Família, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), precisam ser ajustadas para que possam contribuir de fato para a melhoria da alimentação desses povos e não transformem-se em mais um vetor de doenças e de insegurança alimentar. Cada etnia vive uma realidade e as assistências precisam ser ajustadas para cada realidade 

 Além desses apontamentos, ficam aqui algumas sugestões de atitudes para incorporar no dia a dia. 

O Brasil é território indígena, devemos agradecer e honrar os guardiões da terra por cuidarem do meio ambiente. 

 
 

// saindo do forno

ASSISTA

❓ Como será o futuro?

O povo do Alto Xingu observa como a realidade mudou. A cigarra não anuncia a chuva. O pequizeiro foi tomado por percevejos oriundos de plantações de soja. O filme traz uma amostra dos impactos da mudança climática na alimentação e a preocupação de como se alimentarão as crianças no futuro. YouTube

PREPARE

🍌 Série de receitas originárias

O Sesc preparou uma série de receitas indígenas da região do Vale do Ribeira/SP. Sabia que o doce de banana chama-se pakowá dju, é feito somente com banana nanica (caturra) e um tico de mel? Confira essa e outras receitas. YouTube

FILME

🏹 Tem fome e não tem o que caçar

“A última floresta” é um documentário que retrata a vida e os costumes do povo Yanomami e já anunciava como a presença ilegal da exploração do ouro no território estava colocando em risco a população indígena e a floresta. YouTube

 

// cultura alimentar

Clarinda Maria Ramos

Pedagoga, e doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e chef de cozinha no @biatuwi

Por muito tempo, fomos obrigados a negar quem somos, a nossa cultura. Mas com uma rede de amigos e parentes, demarcamos nosso lugar. Falamos da nossa cultura por meio da comida.

Que a casa de comida indígena Biatüwi seja a primeira de muitas pelo Brasil, que nossa iniciativa possa fortalecer outras etnias a falarem da sua cultura, mostrando suas comidas e suas bebidas originárias. É momento de fortalecer nossas raízes, de construirmos um legado.

 

TÁ NA ÉPOCA

BOM PRO SEU BOLSO E PARA O MEIO AMBIENTE

Coisa boa de comer!

É o significado em tupi-guarani da fruta mangaba. É bom esperá-la se soltar do caule naturalmente, as frutas “de caída” são saborosas, é possível sentir um leve doce e ácido ao experimentá-la.

A fruta é nossa, da terra, e pode ser encontrada com maior facilidade nos tabuleiros e baixadas litorâneas do Nordeste e em áreas de restinga. Encontra-se também nos cerrados do Centro-Oeste, no norte de Minas Gerais e em parte da Amazônia.

“É com o andar que as abóboras se ajeitam na carroça”

As abóboras podem ser uma analogia aos desafios do cotidiano. Mas o legume, na vida real, é só facilidade. Se preferir comprá-la inteira e fechada, é só envolvê-la com papel toalha molhado e colocar no microondas por 3 a 4 minutos.

Saem macias e suculentas. Podem ser consumidas em fatias ou em forma de purê. Mas atenção ao prazo para consumo. Não leve mais que 20 dias para prepará-la.

📗 Caderno de receitas

Torta de maçã
Em forma de bolo ou torta, fazer um assado com maçã é daquelas gratas receitas que enchem os olhos e o nariz, afinal, é sempre lindo ver a maçã assada e o perfume que ela solta é ótimo. Só faça!

 

Suco de laranja com abóbora
As misturas de laranja com outras frutas, tipo a acerola, são bem comuns mas não menos interessantes do que essa. A abóbora tem um sabor adocicado mas não rouba a cena, só deixa o suco com uma cor bem vibrante. Ideal para oferecer às crianças (e adultos também!)

 

Gelatina de beterraba
Dica esperta de aproveitamento integral dos alimentos, utilizando a água do cozimento do legume para dar a cor intensa e linda para a gelatina. Isso sim é uma sobremesa saudável. Ah, é tão fácil de preparar quanto a versão ultraprocessada repleta de açúcar e corantes.

 

Conteúdo feito pelo Idec ❤️

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