Periodicamente a indústria de ultraprocessados lança novos produtos e vem com aquele marketing pesado tentar te convencer que além de saciar sua fome ele vai fazer bem para a sua saúde.
Nós do Idec, trilhamos há mais de 30 anos um trabalho de luta por relações mais justas de consumo e isso passa pela questão do direito humano à alimentação adequada e saudável.
Por isso, mais uma vez nos unimos à ACT Promoção da Saúde para revelar as práticas ocultas das empresas fabricantes de produtos ultraprocessados.
É 2023 e cresce mundo afora o número de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como diabetes, doenças do coração, hipertensão, entre outras.
Essas doenças estão relacionadas ao consumo de ultraprocessados.
Mas quem os fabrica dá um jeito de camuflar essas informações.
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Pressionam as agências reguladoras de saúde
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Dobram normas sanitárias
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Financiam estudos de pesquisadores
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Fazem lobby no Congresso
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Produzem campanhas publicitárias para você comer pagando mais, em grandes quantidades e pior
Enquanto a indústria aumenta seu lucro ano a ano, crescem também as despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar as doenças provocadas pelo consumo de alimentos e bebidas ultraprocessados.
São desembolsados quase R$ 3 bilhões por ano na atenção ao cuidado e à saúde desses pacientes.
Você deve estar se perguntando porque isso ainda acontece.
A indústria de ultraprocessados se vale das brechas na regulação para te induzir ao erro.
Um exemplo é o que acontece nos rótulos: mesmo quando um alimento ou bebida faz mal à saúde, as empresas recorrem a artifícios visuais ou termos como “caseiro” ou "saudável e nutritivo" para passar a imagem de que seu produto é natural e faz bem.
Criam um marketing feroz te oferecendo “superalimentos” com adição de vitaminas, minerais e outros compostos dizendo que eles são milagrosos.
Nenhum produto ultraprocessado repleto de aditivos alimentares, sódio, açúcares e gorduras pode fazer bem.
É indigesto e desagradável constatar tudo isso.
Mas saiba que nas nossas universidades públicas e em outros centros de pesquisa pelo mundo existem profissionais empenhados em testar, validar e contrapor essas artimanhas.
Um exemplo é o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), que contribuiu para a elaboração do Guia Alimentar para a População Brasileira.
Para além da reflexão, te convidamos a dizer não à interferência da indústria de ultraprocessados nas políticas públicas.
Assine sua participação na nossa campanha para defendermos a alimentação adequada e sustentável da nossa população.
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