A água faz parte de vários processos domésticos e industriais.
Em casa, buscamos um copo no filtro para saciar a sede, usamos no demolho das leguminosas, no banho, pro preparo das comidas, na rega das plantas e por aí vai….
Mas a indústria utiliza água e numa escala muito maior do que as residências.
E o que está em questão aqui é o volume de água que a indústria de produtos ultraprocessados utiliza (entenda o que são esses produtos aqui).
Primeiro, que a base de muitos produtos ultraprocessados são o trigo, a soja e o milho plantados em monoculturas, que é uma forma de produção com muitos impactos negativos para o meio ambiente.
Além do irrigamento padrão que toda plantação demanda, as empresas ainda utilizam água na produção e limpeza.
Mas não para por aí. A embalagem plástica dos ultraprocessados também precisa de água na sua produção.
Para um quilo de plástico, são consumidos cerca de 180 litros de água.
É um volume muito grande de água, não é mesmo?
E quanto mais se consome ultraprocessado, maior o volume de água que é utilizado.
Além da degradação do solo e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer, que a gente sempre comenta por aqui.
E os cientistas da Universidade de São Paulo (USP) publicaram em 2022 um estudo inédito realizado no país sobre o impacto do consumo de produtos ultraprocessados na dieta brasileira.
Em média, são utilizados 3.644 litros de água por pessoa por dia para quem tem uma alimentação baseada em alimentos in natura.
Ou seja, se você se alimenta preferencialmente de alimentos in natura, essa é a média de água empregada na produção, distribuição e consumo destes alimentos.
Agora, uma dieta com maior consumo de produtos ultraprocessados resulta no uso de 4.313 litros de água por pessoa por dia, ou seja, uma diferença de 669 litros de água.
Esses números só reforçam a importância de priorizar uma alimentação saudável baseada em alimentos frescos.
Para este 22 de março, Dia Mundial da Água, fica a reflexão para cobrarmos a responsabilidade de empresas no impacto ambiental e reduzirmos o consumo de ultraprocessados.
A gente precisa garantir a água do futuro.
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