Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os alimentos e bebidas ultraprocessados fabricados a partir de 09 de outubro deste ano com excesso de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio receberão uma lupa indicando: “alto em”.
Muito antes desta determinação, de tempos em tempos a indústria de ultraprocessados chega com uma embalagem nova, repaginada e te fala que aquele produto está mais “saudável”.
Tira um bocado do sódio daqui, adiciona vitaminas dali, troca o açúcar por um adoçante “natural”, e assim por diante.
As reformulações de produtos ultraprocessados sempre existiram, mas será que agora, com essa exigência de mostrar para os consumidores que o produto tem excesso de sódio, açúcares e gordura, a indústria irá modificar para melhor a composição dos alimentos?
Por exemplo, se um produto ultraprocessado deixa de ter aromatizantes, corantes entre outros aditivos e "se torna" um processado, é uma mudança positiva.
Agora, se um produto ultraprocessado diminui a quantidade de açúcares e adiciona edulcorantes, ou seja, adoçantes, só para fugir da lupa, é uma mudança ruim.
E aqui a gente precisa levantar um ponto importante que requer sua atenção. Há ainda um tipo de substância que não será rotulada por meio desta norma: os edulcorantes.
São aditivos utilizados para dar sabor doce aos produtos e substituir o açúcar.
Assim como acontece com o açúcar, sódio e gordura, os edulcorantes também precisam ser consumidos com moderação.
Existem mais de 10 tipos de edulcorantes e de acordo com estudos, o risco do consumo desses aditivos para a saúde humana tem relação com eventos cardiovasculares, diabetes e parto prematuro.
Portanto, precisamos seguir atentos e vigilantes a cada ação da indústria. E o conselho de ouro mesmo é: prefira os alimentos in natura e minimamente processados.
Uma refeição composta por arroz, feijão, legumes e hortaliças não traz nenhuma pegadinha, pelo contrário, é a nossa melhor fonte de nutrientes e representa uma alimentação saudável e sustentável.
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