SUA PORÇÃO SEMANAL DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL
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Atenção passageiros do “Tá na Mesa”, o destino da nossa culinária regional de hoje é o Norte do Brasil. Ao som dos ritmos calypso, beiradão, carimbó e marujada vamos falar do tacacá, maniçoba, o açaí e tantas outras particularidades que integram o patrimônio cultural nortista e merecem nossa reverência. Vem com a gente nessa viagem!
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A Região Norte abriga nosso maior tesouro: a floresta Amazônica e com ela histórias, culturas e lendas que integram o cotidiano das pessoas até os dias de hoje.
É aqui que a culinária preserva fortes traços dos conhecimentos indígenas no preparo dos alimentos.
A presença da caça, da pesca e do manejo da mandioca mantém vivas a identidade dos povos originários por meio dos pratos típicos.
Eles descobriram que a folha moída da mandioca brava - chamada de maniva - podia ser utilizada como conservante natural de carne de caça.
A diferença entre mandioca brava e a mansa é o teor de ácido cianídrico. A maniva é fervida de 7 a 10 dias para retirar o veneno, e serve como base para a maniçoba, conhecida como a feijoada paraense.
O prato é um ensopado com carnes de porco leva basicamente todos os ingredientes da feijoada, mas ao invés de feijão, utiliza-se a maniva, a folha da mandioca brava.
E saudemos a mandioca! Alimento cultivado no Brasil há mais de 4 mil anos e tão bem conhecido pelos indígenas que aprenderam com ela fazer a preparação de maniçoba, beijus, tapioca, farinha e o tucupi.
O tucupi é um molho amarelo extraído artesanalmente da mandioca brava e vai bem com quase tudo, exceto a carne bovina.
O molho de tucupi pode ser harmonizado com diversos tipos de pratos, como o Pato no Tucupi, Tacacá e Arroz paraense.
A mistura de sabores marcantes, gostos e afetos marcam a culinária nortista e se você quer mais detalhes culturais dessa comida regional leia mais sobre o assunto nesse especial.
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// saindo do forno
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🌶️ Semear afetos e alimentos
A cozinheira e pensadora indígena Tainá Marajoara conta sobre a importância de servir comida amazônica da forma mais natural possível e o quanto comida e ativismo alimentar e político caminham juntos. Spotify
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🥣 Quantos pratos cabem na Região Norte?
O conteúdo faz um giro sobre a culinária do Norte apresentando os pratos mais consumidos em cada estado e o quanto nossa gente se reinventa e cria novas combinações ao longo do tempo. YouTube
LEIA
🥘 Comida é patrimônio
A Região Norte é tão extensa e diversa que tem vários hábitos e tradições ainda preservados, como a culinária dos povos que vivem no Alto Rio Negro, no extremo Norte do Amazonas, quase divisa com a Colômbia. Radio Yandê
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Denise Arnout Rohnelt de Araujo
Jornalista, cozinheira e pesquisadora da Cultura Alimentar da Amazônia – @letrassaborosas
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A riqueza da culinária da região norte está na sua floresta e em seu povo amazônida. São diversas espécies de frutas comestíveis, como: cupuaçu, graviola, buriti, camapu, açaí, murici, cacau e muito mais.
Quilômetros de rios onde se encontram tambaqui, pirarucu, jaraqui, aruanã, tucunaré, filhote e matrinxã. Além de uma riquíssima flora que nos presenteia com castanhas do Pará, castanha de sapucaia, ou ainda com a nossa raiz rainha do Brasil, a mandioca e seus vários subprodutos.
Aqui na Amazônia nossa culinária é ancestral, com muitos pratos de origem indígena, mas também temos uma grande influência de outros povos que vieram e se apaixonaram pelo sabor dos nossos ingredientes e pelos saberes da nossa Amazônia.
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TÁ NA ÉPOCA
BOM PRO SEU BOLSO E PARA O MEIO AMBIENTE
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Camu-camu: poderoso para a saúde
Essa frutinha amazônica, camu-camu (Myrciaria dubia) é da mesma família da goiaba e da jabuticaba. A fruta é utilizada para o preparo de refrescos, sorvetes, picolés, geleias, doces ou licores, além de acrescentar sabor e cor a diferentes tipos de tortas e sobremesas confeccionadas à base de outras frutas.
Um estudo realizado na Unicamp mostrou que o camu-camu possui mais vitamina C do que outras frutas poderosas, como a goiaba e acerola. Visualmente lembra a jabuticaba mas tem a casca avermelhada e um sabor cítrico. Se avistar um pé não pense duas vezes, experimente a fruta e leve algumas para casa.
Maxixe, o tango basileiro
Influenciado por ritmos africanos, o maxixe é uma dança que teve origem no Rio de Janeiro no século 19 e mistura as danças tcheca polca, a cubana habanera e o afro-brasileiro lundu.
Originário da África, foi introduzido no Brasil pelos negros, é um legume da mesma família da abóbora, pepino, melão e melancia. Se foi a fruta quem deu nome para o ritmo, não sabemos. Mas sem dúvidas comer o maxixe fruto e dançar o maxixe ritmo devem ser hábitos para incorporarmos na rotina.
📗 Caderno de receitas
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Bolo de buriti
A massa leva a polpa da fruta e fica bem amarelinha e com um sabor bem acentuado da fruta. Com o buriti é possível fazer também uma calda e ainda polvilhar coco por cima, fica ótimo.
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Salada de maxixe
Ele vai bem refogado, no meio da farofa e também cru na salada. Fica ali entre o chuchu e o pepino, é uma delícia. Aproveite a safra e experimente novas versões.
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Peixe com batata e espinafre
Falamos muito sobre espécies de peixe hoje, aproveite aquele que estiver na oferta e sirva com batatas e espinafre. Além de deixar o prato colorido, fica uma combinação muito legal.
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Conteúdo feito pelo Idec ❤️
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