Já parou para pensar qual seria a sua reação ao ver um produto com alerta de “alto em” na prateleira do mercado?
Você seria capaz de rever suas escolhas alimentares diante dessa informação?
Os alimentos processados e ultraprocessados com fabricação a partir deste mês receberão a rotulagem frontal com alerta de “alto em” açúcar adicionado, gordura saturada e sódio, quando ultrapassar a quantidade estabelecida pela Anvisa.
Nós do Idec comemoramos esta medida, pois além de melhorar a qualidade da informação nutricional, ela vai contribuir para que a população brasileira faça escolhas alimentares mais conscientes.
Isso é o que nos apontam os estudos aplicados nos países que já adotaram a rotulagem frontal antes de nós, como o Chile, Peru, México, Uruguai e Argentina.
Os últimos oito anos foram de intenso trabalho e pressão para aprimorar a norma de rotulagem nutricional de alimentos e bebidas embalados junto à Anvisa.
Usamos como referências os casos de sucesso do Chile. Segundo um estudo chileno, comparando o período anterior à legislação da rotulagem e após a implementação, houve uma queda no consumo de ultraprocessados: 23,8% “alto em” calorias; 36,7% de “alto em” sódio; 26,7% de “alto em” açúcar.
Já no México, uma análise feita em 2020 prevê que cinco anos após a implementação no país haverá uma redução de 1,68 kg e 4,98 pontos percentuais na obesidade (14,7%, em relação à linha de base), o que se traduz em uma redução de 1,3 milhão de casos de obesidade e uma redução de US$ 1,8 bilhão em custos diretos e indiretos com a saúde pública.
Essas são algumas das várias experiências bem sucedidas na América Latina, que reforçam os benefícios da rotulagem nutricional frontal e a gente quer que isso aconteça por aqui também.
Abaixo é possível conferir que existe alerta na rotulagem frontal no mundo todo, mas aqui na América Latina, o alerta é também sobre os ingredientes críticos e a importância de evitar o consumo do açúcar, gordura saturada e sódio.
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