Uma região de alagado, repleta de biodiversidade, afastada dos grandes centros mas com muito para nos oferecer e ensinar.
O Pantanal possui cerca de 175 rios divididos em diversos pantanais. É também a maior planície de inundação do mundo, com cerca de 250 mil km² de extensão, equivalente a 35 milhões de campos de futebol.
As características do ecossistema local influenciam a alimentação e o estilo de vida das pessoas.
Quer ver só? Na época de enchente, a “peonada” trabalha para mover os animais para as áreas mais altas.
É durante as comitivas para transferir os animais de lugar que os peões preparam o famoso macarrão de comitiva e o arroz carreteiro para almoçarem nas paradas.
E no cotidiano, o prato da família pantaneira tem muito peixe regional. Dourado, Pintado, Cachara e Piraputanga são algumas as espécies locais. O caldo de piranha também faz vez nessa culinária.
Apesar de lidarem com gado, carne é só para ocasiões especiais. O churrasco é um evento que reúne a comunidade para os bailes, festas e casamentos.
Aliás, a refeição que abre o dia na culinária pantaneira é bem diferente do pãozinho de muitas casas.
O hábito é abrir o dia com um prato chamado quebra-torto, que leva carne de sol, arroz, alho e laranjas.
E se tem uma coisa que o pantaneiro valoriza é o ato de fazer refeições com outras pessoas em volta.
O nome técnico disso é comensalidade, que o Guia Alimentar tanto nos recomenda.
E na prática, é por exemplo quando todos sentam para participar das rodas de tereré que têm rituais pra lá de curiosos, como só pegar a guampa - o chifre de boi onde é servida a erva mate e água gelada - com a mão direita e passar para a pessoa do lado no sentido anti-horário.
Mas isso é só uma parte da beleza do lugar que compõe o ser pantaneiro e cuidar do Pantanal.
Uma culinária com grande influência indígena e paraguaia, que tem um ritmo de vida particular e muitas lendas para eternizar.
E se você achou interessante o assunto e quer saber mais sobre a comida pantaneira, leia tudo nesse conteúdo aqui.
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