Não é uma novidade da indústria, mas com a crise econômica a prática foi intensificada.
A reduflação é o fenômeno que mistura ‘redução’ do peso, quantidade ou volume do produto com ‘inflação’. O preço aparentemente não sobe, mas você paga o mesmo valor por menos produto.
Com o poder de compra da população diminuindo, empresas alimentícias optam por diminuir a embalagem para manter o preço, o que pode levar consumidores ao engano se não prestarem muita atenção.
A lei permite mudanças nos produtos, desde que estejam explícitas nas embalagens, sem a possibilidade de gerar dúvidas.
Mas não é só o tamanho que pode mudar, os ingredientes e suas qualidades também.
Fabricantes estão usando matérias-primas mais baratas para reduzir custos, só que mudanças como essas podem ser prejudiciais à nossa saúde, com a adição de açúcar, gordura saturada e sódio, além de aditivos alimentares e ingredientes de menor qualidade.
Políticas econômicas são os principais caminhos para reverter essa situação, mas há hábitos que podem minimizar os impactos da alta dos preços sem colocar sua saúde em jogo.
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O sábio e bom conselho de consumir alimentos in natura é uma porta de entrada para uma rotina mais saudável e sustentável, com refeições que garantem qualidade de vida, saúde e contribuem para um sistema alimentar saudável e sustentável.
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Para as refeições fora de casa, os restaurantes populares e cozinhas comunitárias são locais que oferecem refeições equilibradas e com valores acessíveis. Fuja das redes de fast food que prometem uma coisa e entregam outra e com prática de valores nas alturas.
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Procure se há na sua cidade alguma iniciativa de compra coletiva direto com pequenos produtores rurais. Você seleciona os alimentos e eles disponibilizam um ponto de retirada na cidade ou você pode fazer uma encomenda maior para parentes e vizinhos e dividir o frete.
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Faça uma lista do que vai comprar, assim você consegue saber a quantidade de produtos que vai consumir.
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Faça uma pesquisa dos preços e verifique qual mercado da região sua compra está saindo com melhor custo x benefício. É muito comum que na segunda quinzena do mês os locais ofereçam promoções.
Em todos os casos, nós defendemos a desoneração de itens da cesta básica e de alimentos orgânicos, e em contrapartida, a tributação de produtos ultraprocessados, com excesso de açúcares, sódio e gorduras e que podem contribuir para o desenvolvimento de obesidade, diabetes, doenças do coração, entre outras.
Não te parece justo estimular o consumo de alimentos mais saudáveis por meio de preços mais acessíveis?
Agora que você está por dentro do assunto, prepare-se para identificar essas armadilhas no mercado. Esse conteúdo fala mais sobre a reduflação e os seus direitos como consumidor.
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