Olha a chuva! É mentira! Mas podia ser verdade!
Cada gota de água vinda do céu é aguardada pelo sertanejo nordestino para servir aos animais, regar as plantações e para consumo próprio.
O sertão é a região com menos índice de chuva do país e com uma vegetação própria, a caatinga.
As condições climáticas determinam a fartura e o tipo de preparo de muitos pratos.
Pratos esses criados por mulheres que lideram as cozinhas, alimentam as famílias e passam adiante o patrimônio alimentar do sertão brasileiro.
Tudo é precioso demais para ser descartado, os alimentos são aproveitados integralmente.
Nas secas, as vísceras do bode viraram farinha. Os cactos da paisagem entraram nos pratos, como o mandacaru e a coroa de frade.
O período de chuva acontece entre dezembro e abril. E quando ela cai, garante a colheita do milho em junho.
As espigas se destacam em épocas de boa colheita proporcionando preparos culinários, como pamonha, mungunzá, curau, entre outras receitas.
E tem uma presença forte de preparos com ensopados nessa culinária. Foi um hábito adquirido com os portugueses, misturado com a cultura índigena.
O jerimum caboclo é ator principal nos ensopados, refogados e purês. Mas as abóboras, o maxixe, o quiabo, a batata-doce, o bredo e o feijão, não ficam para trás.
Um traço marcante do povo sertanejo é aproveitar integralmente os alimentos. Da abóbora usa-se tudo. Polpa, semente, folha, casca, flores, “olhos” e “tripas”.
A culinária sertaneja tem uma identidade própria e muito marcante. Seus bolos e biscoitos, papas e mingaus, rapadura e mel, doces, milho, tapioca e cuscuz, feijão, galinha, carnes, peixes, farofas, arroz, verduras e legumes e a culinária de ocasiões festivas são únicos!
E por falar em festa, uma das maiores manifestações culturais nordestinas são as festas juninas.
Os pratos típicos da festa de São João estão espalhados por todo Brasil, mas têm origem no Nordeste. E se você quer saber mais sobre a origem da culinária sertaneja pode ler mais sobre o assunto nesse conteúdo.
|