Nenhum ultraprocessado pode despertar a emoção de ter a casa invadida pelo cheiro de bolo assando no forno, de uma preparação caseira.
Hoje, a gente quer entender como a indústria de ultraprocessados entra sem pedir licença, se apropria da cultura alimentar ao trazer pratos típicos congelados e cheios de aditivos químicos.
A relação produção, distribuição, oferta e consumo de alimentos constitui o que chamamos de sistema alimentar. E esse sistema está cada vez mais no controle de poucas empresas que são grandes corporações que visam apenas o lucro.
Essa indústria coloca o foco em nutrientes. Enriquecem com vitaminas uma fórmula muito processada e fazem um marketing convincente de que o produto alimentício que eles comercializam é nutritivo e benéfico para a saúde.
Você que acompanha o “Tá na Mesa” sabe os impactos do consumo de ultraprocessados. E a indústria sabendo que causa esses malefícios, usa a publicidade para convencer que tem uma nova opção melhor, uma solução.
Oferece agora um caldo de legumes ou galinha com 40% menos sódio, mas continua sendo um produto ultraprocessado e repleto de gordura trans na sua composição.
Esse debate tem reflexo direto na saúde pública. Mais pessoas doentes, em tratamentos de doenças crônicas, um sistema público de saúde sobrecarregado, entre outras consequências.
Sempre é possível dar uma parcela de contribuição para melhorar o mundo, e aqui tem algumas dicas de como podemos transpor a interferência da indústria dos ultraprocessados:
- Participar de fóruns de políticas públicas;
- Assinar petições;
- Pressionar os representantes para que não aprovem projetos de lei que tragam prejuízos para a saúde pública;
- Agir no micro: como mudar a realidade do entorno. Construção de hortas coletivas, compras coletivas direto de iniciativas agroecológicas, encontrar formas de comprar do pequeno produtor;
- Fazer escolhas alimentares que seguem as orientações do Guia Alimentar e prioriza os mercados e feiras locais;
- Precisa fazer as refeições fora de casa? Priorize restaurantes a quilo ou cozinhas comunitárias. Você vai gastar menos e comer melhor;
- Investigue mais como os alimentos são produzidos, reflita sobre a importância que a alimentação tem para sua saúde e para saúde do planeta.
E se você curtiu esse assunto, tem mais conteúdo aqui para você conferir como comer melhor driblando as ações da indústria de ultraprocessados.
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