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Aproveitando o período da Páscoa, o programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, lança a campanha #AnunciaPraMim com o objetivo de estimular a população a pedir às empresas de produtos alimentícios que não realizem publicidade infantil.
Para participar, pais, mães ou responsáveis podem utilizar a plataforma da campanha e enviar uma carta virtual às empresas exigindo que os anúncios sejam direcionados a eles, e não às crianças.
Segundo o Criança e Consumo, “de 2008 a 2013, houve um aumento de 80% no número de crianças obesas no Brasil e, de 2016 a 2017, em plena crise econômica, o consumo de ovos de Páscoa aumentou 38%”.
Para a nutricionista do Idec Laís Amaral, a Páscoa é uma época em que diversas práticas abusivas acontecem, como a venda casada de ovos com brinquedos, embalagens com personagens infantis e ações de rua com foco no público infantil.
“São todas estratégias publicitárias que se aproveitam da natural vulnerabilidade da criança e que podem ter um impacto na saúde, uma vez que a maioria desses produtos têm baixo valor nutricional”, destaca.
Publicidade infantil é ilegal
O Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seu artigo 37, prevê a proibição da publicidade abusiva, que inclui aquela que se aproveite da deficiência de julgamento e de experiência da criança.
Em 2014, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) aprovou a Resolução 163, que proíbe o direcionamento à criança de anúncios impressos, comerciais televisivos, spots de rádio, banners e sites, embalagens, promoções, merchadisings, ações em shows e apresentações e nos pontos de venda, reforçando o CDC.
A campanha #AnunciaPraMim tem o apoio do Idec, ACT Promoção da Saúde, Movimento Infância Livre de Consumo (Milc) e de outras organizações da sociedade civil que pedem às empresas uma postura ética em relação ao direito das crianças.
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