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Você sabe o que realmente tem dentro dos produtos que consome todos os dias? Os alimentos ultraprocessados estão em quase tudo: biscoitos, refrigerantes, embutidos, salgadinhos. Embora práticos, eles trazem sérios riscos à saúde e ao meio ambiente.
O Idec atua há décadas alertando consumidores, lutando por rótulos mais claros e defendendo políticas públicas que incentivem o consumo de alimentos saudáveis. Neste artigo, você vai entender o que são os ultraprocessados, por que eles devem ser evitados e como fazer escolhas mais saudáveis.
O que são alimentos ultraprocessados?
O Guia Alimentar para a População Brasileira explica que esses produtos passam por diversos processos industriais e são feitos com muito açúcar, sódio e gordura, além de aditivos que imitam cores, sabores e texturas, e outras substâncias industriais que não temos na cozinha de casa, resultando em itens com pouca comida de verdade. Entre os exemplos de alimentos ultraprocessados, podemos incluir refrigerantes, salsichas, biscoitos recheados e macarrões instantâneos.
Por que os ultraprocessados fazem mal à saúde?
Por conterem muito sódio, açúcar e gordura, além de aditivos que afetam o metabolismo, o consumo frequente de alimentos ultraprocessados pode causar obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares graves ao longo do tempo.
Além disso, esses produtos prejudicam a qualidade do sono e o equilíbrio mental. O corpo funciona melhor com alimentos naturais, que oferecem nutrientes reais e favorecem um estilo de vida mais equilibrado e saudável.
Qual é a diferença entre processado e ultraprocessado?
Muitas pessoas confundem os termos. Um alimento processado é um alimento natural adicionado de sal, açúcar ou gordura, como um queijo ou uma conserva. Já o ultraprocessado passa por várias etapas industriais, com adição de aditivos cosméticos como aromatizantes e corantes, e substâncias de uso culinário raro, como extratos e amido modificado.
Um pão caseiro é processado, mas um pão de forma embalado e cheio de aditivos é ultraprocessado. Essa é a diferença entre alimentos processados e ultraprocessados. O problema não é a indústria em si, mas os ingredientes adicionados durante o processamento industrial.
Por que os ultraprocessados são tão baratos e populares?
O preço baixo e a praticidade explicam o sucesso dos ultraprocessados. Produzidos em larga escala, e, na maior parte das vezes feitos para agradar e viciar o paladar, eles têm um custo reduzido e uma longa duração nas prateleiras, o que favorece a distribuição e o lucro das grandes indústrias.
O marketing também influencia. Embalagens coloridas e termos como “zero”, “fit” ou “natural” enganam o consumidor. O Idec luta contra essa publicidade abusiva e enganosa e defende regras claras para proteger as pessoas das armadilhas da indústria.
Como identificar um alimento ultraprocessado no mercado?
Aprender a ler o rótulo é essencial. Se a lista de ingredientes contém nomes estranhos, como aromatizantes, corantes, edulcorantes e emulsificantes, desconfie. Dica prática: se você não reconhece alguns dos ingredientes, provavelmente é um ultraprocessado.
Prefira alimentos simples e com ingredientes familiares. Quanto mais natural e próximo do alimento original, menor a chance de ser um produto artificial e industrialmente modificado.
Quais são os impactos dos ultraprocessados no meio ambiente?
Esses produtos geram toneladas de resíduos plásticos, poluem e exigem alto gasto de energia e água. A produção de suas matérias-primas (commodities como soja, milho e cana-de-açúcar) também pressiona o meio ambiente, contribuindo para o desmatamento e a perda da biodiversidade.
Ao diminuir o consumo desses produtos, você contribui para o consumo consciente e sustentável. O Idec também atua nessa frente, mostrando que comer bem é cuidar da saúde das pessoas e do planeta ao mesmo tempo.
Como o consumo excessivo de ultraprocessados afeta crianças e adolescentes?
O consumo excessivo de ultraprocessados é especialmente grave entre crianças e adolescentes. A publicidade colorida, os brindes e a facilidade de acesso fazem esses produtos dominarem o dia a dia dos jovens.
O resultado é preocupante: fidelização do consumidor, aumento da obesidade infantil, alterações no paladar e maior risco de doenças na vida adulta. Por isso, o Idec luta contra a publicidade dirigida a esse público e defende a alimentação saudável nas escolas.
O que o governo e as políticas públicas podem fazer para mudar esse cenário?
Cabe ao governo aprimorar e fiscalizar a rotulagem e restringir a publicidade de alimentos ultraprocessados. Também é essencial apoiar políticas que tornem os alimentos saudáveis mais baratos e acessíveis à população.
O Idec participa ativamente de consultas públicas e campanhas que exigem leis mais justas e transparentes. O direito à alimentação saudável é coletivo e deve ser garantido com ações concretas do Estado.
Como reduzir o consumo de ultraprocessados no dia a dia?
Planejar as refeições é um bom começo. Cozinhar em casa, levar marmitas, comer em restaurantes self-service e escolher frutas ou castanhas para os lanches ajuda a substituir os ultraprocessados que dominam o cotidiano das pessoas.
Comece com pequenas trocas. Em vez de produtos ultraprocessados, prefira alimentos naturais. Assim, você pode saborear sucos frescos ao invés de refrigerantes e sucos artificiais, massa fresca no lugar do macarrão instantâneo, entre outras alternativas. Comer bem é um ato de autocuidado e também uma escolha política.
O que o Idec faz para proteger o consumidor dos ultraprocessados?
O Idec atua em campanhas por rótulos claros, combate à publicidade enganosa e abusiva e regulação de alimentos ultraprocessados. Também realiza estudos e monitoramentos que orientam consumidores e governos.
Há quase 40 anos, o Instituto é uma referência na defesa dos direitos dos consumidores e da saúde coletiva. É uma organização independente, sem fins lucrativos, comprometida com o bem-estar da sociedade.
Faça parte da mudança pela alimentação saudável!
O Idec acredita que todo consumidor tem direito à informação clara e a uma alimentação saudável e sustentável. Ao se associar, você fortalece a luta contra a rotulagem enganosa e abusiva e o avanço dos alimentos ultraprocessados no Brasil. Associe-se ao IDEC e faça parte dessa transformação!





