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Abra a felicidade de comer saudável em meio a tanta oferta de ultraprocessados

A publicidade de alimentos tenta convencer que biscoitos, sucos de caixinha e outros ultraprocessados são opções saudáveis, quando não são. Veja como driblar a indústria.

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Atualizado: 

11/05/2022
Foto: iStock
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O que é “comer e beber bem”?  O que é preciso para ter uma alimentação saudável? Muitas campanhas publicitárias constroem cenários e situações envolvendo produtos alimentícios e criando um status social atrelado ao consumo dos alimentos ultraprocessados, mas será que elas estão preocupadas em alimentar a população adequadamente? 

Esse imaginário que a publicidade de alimentos desperta tem objetivos claros: lucro e a venda massiva de alimentos ultraprocessados. Mas o consumo em excesso só gera consequências ruins para a nossa saúde. 

Esses produtos estão repletos de substâncias químicas para que o alimento seja atraente para o consumidor, como corantes e aromatizantes, e ainda, prejudicam a nossa saúde e o meio ambiente. Sem contar que os ultraprocessados prejudicam  muito mais o meio ambiente, pelo processo de produção e o descarte incorreto das embalagens.

Se você se pergunta como ter uma alimentação saudável frente a tanta prateleira repleta de ultraprocessados e da publicidade agressiva, leia esse conteúdo até o final. 

Alimentação saudável não vem engarrafada

Não é o refrigerante que vai garantir felicidade no almoço de domingo. “Abra a felicidade” é um slogan lindo na teoria mas na prática te entrega uma bebida feita de água gaseificada, açúcar, extrato de noz de cola, cafeína, corante caramelo IV, acidulante ácido fosfórico e aroma natural. Você conhece os perigos do caramelo IV? Ele é um aditivo químico e possui um componente cancerígeno. Confira esse material que fizemos sobre o assunto.  

Felicidade é muito mais do que um refrigerante, é a união de pessoas em volta da mesa comendo, sorrindo, conversando, saboreando e celebrando o ato de comer. Para aplicar uma rotina saudável é preciso, em primeiro lugar, questionar alimentos ultraprocessados. Quanto mais embalado e cheio de ingredientes pouco familiares na composição, mais distante de ser um alimento. Dedique-se a ir atrás de informações seguras e pessoas que são especialistas na defesa e promoção da alimentação saudável. 

A biodiversidade brasileira nos contempla com uma variedade de frutas, legumes, verduras e grãos, que combinados, geram pratos incríveis, super equilibrados e que alimentam de verdade. Se você ainda não tem o hábito de comer legumes, vá introduzindo aos poucos. Pesquise vídeos, acrescente especiarias e ervas aromáticas no preparo e descubra um universo de possibilidades por meio do paladar. 

Você pode mudar as práticas e hábitos alimentares da sua casa aos poucos e ter um futuro mais saudável e sustentável lendo sobre os sistemas alimentares, indo à feira, descobrindo como os alimentos são produzidos, refletindo sobre comida, sobre o que você ingere, saboreando esse alimento, dando a importância que a alimentação tem para sua saúde e para saúde do planeta. 

Como evitar ultraprocessados e se alimentar melhor

  • Busque fontes confiáveis de informação sobre lançamentos e alimentos que parecem saudáveis na embalagem mas podem não ser. 
  • Informe-se sobre mercados, feiras e outros locais que oferecem produtos in natura e minimamente processados com qualidade e perto de sua casa ou trabalho. Aqui no Mapa de Feiras Orgânicas, iniciativa do Idec, é possível encontrar produtores em todo o Brasil e ótimas receitas para você se inspirar
  • Se você passar a anotar no celular ou caderno vai perceber que o valor do quilo das frutas, legumes e verduras vai compensar mais no fim do mês do que um carrinho lotado de biscoitos, massas, refrigerantes, congelados, etc.
  • Organize o armário, a fruteira e a geladeira e defina o cardápio da semana. Congele alimentos como feijão e carnes, que podem ser utilizados em outras preparações durante a semana. Verduras e frutas podem ser higienizadas e secas com antecedência. 
  • Tenha uma horta em vasos ou participe de hortas comunitárias; isso te proporciona alimentos in natura a baixo custo e aumenta o convívio com a família e a comunidade.
  • Restaurantes de comida a quilo, cozinhas comunitárias e restaurantes populares são boas alternativas. Você gasta menos e possui variedade de alimentos preparados na hora. Evite redes de fast-food. 
  • Limite o tempo que as crianças veem televisão, pois isso diminui a exposição à publicidade e consequentemente elas ficam menos propensas a pedirem comidas que não são saudáveis. 

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