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Quando se fala em plástico, um assunto que sempre está na mídia e nas redes sociais são os tais microplásticos. Eles estão por toda parte: no solo, nos oceanos, na água que a gente bebe, na nossa comida e, consequentemente, no nosso organismo.
Se fala tanto que os microplásticos são perigosos, que são piores que o plástico normal, mas será que isso é verdade? Segue o nosso texto para você saber a resposta!
O que são microplásticos?
Microplásticos, como o próprio nome diz, são plásticos em um tamanho muito pequeno, menor que 5 milímetros.
Ele existe de duas maneiras: a primeira é quando é fabricado dessa forma, como no famoso glitter utilizado nos carnavais, em esfoliantes e até cremes dentais. Já a segunda e mais comum, é na própria degradação do plástico que, em vez de se degradar de verdade, se transforma em microplásticos.
Eles vão para o meio ambiente por meio de resíduos de produtos plásticos utilizados em casa, como as sacolas, mas também dos provenientes da indústria, do comércio e do transporte de cargas.
Quais impactos eles trazem?
O grande problema dos microplásticos é que pelo tamanho eles são muito difíceis de serem detectados e eliminados. Um único microplástico pode existir por centenas ou milhares de anos. Além disso, eles têm alta capacidade de absorção, inclusive de elementos tóxicos, como mercúrio, cádmio, arsênio e outros metais pesados.
Esse combo de microplásticos no meio ambiente, aliado àalta toxicidade desses materiais, faz com que ele seja um perigo para o solo, a vegetação, os rios, os mares, os animais e também para o ser humano.
Microplásticos nos oceanos: quais os perigos?
Os microplásticos e os plásticos são os principais poluidores dos oceanos. Só no Brasil, são 1,3 milhão de toneladas despejadas anualmente.
Além dos efeitos da poluição visual causada por esses elementos, os microplásticos trazem uma série de outros problemas para animais marinhos e toda a cadeia alimentar.
Eles são ingeridos por todos os animais da cadeia alimentar marítima. Grudam nos plânctons que são ingeridos por peixes e assim por diante.
Por carregar alta toxicidade, os microplásticos infectam toda a fauna e flora marítima e faz com que esses animais tenham problemas de saúde, como infecções e inflamações que podem levar à morte.
Microplásticos no organismo humano: preciso me preocupar?
Para os seres humanos, a situação é ainda pior. Além de ser ingerido por meio dos peixes e frutos do mar contaminados, os microplásticos também entram no nosso organismo pela água que consumimos e até pelo ar que respiramos.
E isso faz com que cada vez mais estudos encontrem microplásticos em várias partes do corpo humano, como o cérebro, a corrente sanguínea e até os testículos.
Os efeitos trazidos pelos microplásticos ainda estão em estudo, porém por carregar elementos tóxicos, ele pode causar diversos problemas de saúde nos humanos, principalmente em órgãos como fígado e os rins, responsáveis por metabolizar e eliminar a toxicidade do nosso corpo.
Essa quantidade excessiva de microplásticos pode fazer com que tenhamos cada vez mais doenças relacionadas a essa invasão, o que também pode gerar inflamações e infecções das mais diferentes gravidades.
Qual a solução para esse problema?
A solução real mesmo para o problema é eliminar o uso de plástico. Só assim que a gente vai conseguir, aos poucos, se livrar desse ataque dos microplásticos ao nosso corpo e à natureza.
Para isso, precisamos de iniciativas que inibam a produção e o consumo de plástico no nosso país e em todo mundo. Nós acompanhamos as discussões sobre o Tratado Internacional de Combate ao Plástico, que visa criar uma regra mundial para enfrentar esse problema.
Também participamos e apoiamos a campanha “Pare o Tsunami de Plástico” para que o Brasil tenha uma lei própria para enfrentar os microplásticos. Se você quiser, pode nos ajudar nessa”. Basta entrar no site e assinar!
