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Estudos mostram eficiência da advertência de triângulo em rótulos

Em artigo publicado pela revista científica Food Research International, Idec e parceiros destacam as vantagens dos formatos de triângulo em comparação às diversas propostas de rotulagem nutricional frontal

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Atualizado: 

15/02/2019
Estudos mostram eficiência da advertência de triângulo em rótulo nutricional

A advertência em formato de triângulo com os dizeres alto em é o modelo de rotulagem nutricional frontal mais adequado para alertar a população brasileira sobre o excesso de nutrientes críticos em produtos alimentícios ultraprocessados e ajudá-la a fazer escolhas alimentares mais conscientes e saudáveis.

Essa é a conclusão do artigo científico Choosing a front-of-package warning label for Brazil: A randomized, controlled comparison of three different label designs (Escolhendo um rótulo frontal de advertência para o Brasil: um estudo aleatório e controlado de comparação entre três diferentes designs de embalagem, em português), produzido por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP).

O artigo foi publicado em janeiro, na revista científica Food Research International.

A proposta desenvolvida pelo Idec e por pesquisadores em design da informação da UFPR,  apoiada pela Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, sugere a rotulagem frontal de advertência em formato de triângulos para destacar o excesso em produtos processados e ultraprocessados. Na validação, foram realizadas pesquisas quali e quantitativas em conjunto com o Nupens/USP.

Dentre estas pesquisas, houve a comparação entre os modelos de advertência nos formatos de triângulo alto em, triângulo muito, octógono e controle (sem rótulo frontal). O primeiro rótulo foi o que apresentou resultados significativamente melhores que os demais.

Entre as vantagens comprovadas do triângulo alto em estão:

  • Mais eficiência em ajudar os consumidores a identificar corretamente produtos com alto teor de nutrientes críticos;
  • Mais eficácia em capturar a atenção do consumidor;
  • Maior impacto nas escolhas alimentares;
  • Redução da intenção de compra de produtos não saudáveis.

No modelo de rótulo frontal com melhor avaliação do estudo, o fundo branco serve para deixar o rótulo em formato de triângulo mais visível.

O Idec encaminhou o estudo à equipe técnica da Anvisa. Anteriormente, o Instituto já havia apresentado dados sobre rotulagem como parte do processo regulatório de rotulagem nutricional.

“O Idec e a Aliança valorizam o conhecimento técnico e a pesquisa científica livres de conflito de interesses. É importante que a Anvisa também leve em consideração estudos científicos rigorosos como esse no processo regulatório de rotulagem nutricional”, analisa Laís Amaral, nutricionista e pesquisadora do Idec.

Informação clara é direito básico previsto pelo CDC

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), rótulos claros e objetivos são uma ferramenta útil para orientar os consumidores a fazerem melhores escolhas alimentares.

Em uma pesquisa realizada pelo Idec, em 2016, mais de 70% dos participantes afirmaram ter dificuldade para compreender os rótulos dos produtos, sugerindo a necessidade de criar mecanismos mais eficazes de alerta contra produtos com teor excessivo de sal, açúcar e gorduras.

A informação adequada sobre o que a população está comendo é um direito básico, previsto pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Com informações claras e objetivas, os consumidores podem fazer escolhas alimentares mais conscientes e mais saudáveis.

 

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