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Proibição de gordura trans deveria ser imposta também no Brasil

Idec defende que decisão dos Estados Unidos anunciada recentemente sirva como exemplo para o Brasil banir definitivamente a gordura trans dos alimentos industrializados

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Atualizado: 

10/07/2015
Não é novidade que a gordura trans faz mal para a saúde e é responsável por aumentar os riscos de doenças cardiovasculares, como o infarto. Mesmo assim, apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar sua eliminação da dieta desde 2004, no Brasil as regras para a indústria ainda são frouxas. Basta dizer que o fabricante tem o direito de não informar a adição de gordura trans na tabela nutricional do produto se a quantidade for menor do que 0,2g por porção. Ou seja, é muito provável que aquele biscoito que anuncia zero gordura trans na embalagem tenha, sim, mais gordura do que o informado.
 
“Apesar de existirem ações voluntárias da indústria no sentido de diminuir a quantidade de gordura trans em alimentos, é importante ressaltar que não há necessidade de se permitir o uso desta substância”, ressalta a nutricionista e pesquisadora do Idec, Ana Paula Bortoletto. “E mais: a medida reduz os danos para a saúde, mas os alimentos ultraprocessados continuarão a ser uma grave ameaça à alimentação adequada e saudável”, alerta.
 
Dados do Ministério da Saúde estimam que 18% dos brasileiros são obesos e que as doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, representem aproximadamente 30% das mortes em um ano, ou 310 mil pessoas.
 
Indústria omite informações
Um levantamento realizado pelo Idec em setembro de 2014 analisou 40 biscoitos doces e 10 salgados para verificar como é feita a comunicação sobre a presença da gordura trans nos rótulos dos produtos. Os resultados evidenciaram a falta de informações claras e até dados conflitantes na embalagem de um mesmo alimento, o que dificulta a escolha do consumidor na hora da compra.
 
Para saber mais sobre a pesquisa e sobre este assunto, continue lendo aqui.