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Idec condena abuso ao consumidor em publicidade da marca Diletto

<span style="font-size: 11.8181819915771px;">Empresa de sorvetes foi alvo de acusa&ccedil;&atilde;o sobre propaganda enganosa em sua comunica&ccedil;&atilde;o ao consumidor</span>

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Atualizado: 

17/12/2014
Na semana passada, o Conselho de Ética do Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) determinou que a Diletto altere todo seu material publicitário que faça alusão ao marketing sobre a origem da marca, constatado como sendo inverídico. A empresa de sorvetes é alvo de um processo pelo órgão pela prática de storytelling*, que, por mais que não configure infração, no caso, gerou falsa informação sobre a origem da empresa e seus produtos, que remetiam a um personagem fictício, “Nonno Vittorio”, como fundador da marca e vendedor de sorvetes em um vilarejo italiano no ano de 1922.
 
A história, cuja empresa relata ter sido inspirada no avô de um dos fundadores, no entanto, pode induzir o consumidor a erro através desse tipo de comunicação, como explica Claudia Almeida, advogada do Idec. “A prática em questão configura propaganda enganosa, conforme o Código de Defesa do Consumidor, pois cria uma narrativa, mesmo que parcialmente falsa, sobre a natureza e origem dos produtos. Essa narrativa agrega um valor real ao produto, capaz de diferenciá-lo dos demais em termos competitivos” conclui.
 
Por mais que a marca apresente como verdadeiras as informações inerentes à qualidade do produto, como o uso ingredientes selecionados, por exemplo, que justificariam o preço pago, a empresa reconhece que a construção da história pode ter ido “longe demais”, conforme declarações do sócio fundador, Landro Scabin, à revista Exame, e declara que vai seguir as recomendações de adequação do Conar.
 
Para o Idec, a comunicação veiculada ao consumidor, mesmo que munida de elementos de fantasia, deve ser real no que diz respeito a informar aspectos que conferem ao produto credibilidade, valorização ou apelo vinculado à práticas ou processos declarados como existentes. No caso em questão, o personagem poderia ter sido tratado de forma a deixar claro ao consumidor que pertencia ao universo da ficção, como é o caso de diversas marcas e produtos que envolvem narrativas, metáforas e personagens fictícios.
 
*Pratica utilizada pelo marketing para criar histórias envolventes.