Carta com os dados da campanha do Idec “Tô sem água”, revelam indícios de que o racionamento está ocorrendo. Idec pede que a agência reguladora forneça um posicionamento para a população o mais rápido possível
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30/07/2014
Atualizado:
30/07/2014
No dia 26/06/14 o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), iniciou a campanha “Tô sem água” que tem a finalidade de mapear as localidades que estão sofrendo com a falta d'água. Embora a campanha termine no dia 31/07/14 o Instituto enviou, nesta terça-feira (29/07/14), uma carta para a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) com os dados dos relatos recebidos até esta segunda-feira.
“O Idec está ciente de que a agência reguladora iniciou um processo de investigação para apurar se está havendo racionamento em determinadas localidades, motivado por relato de falta de água específico, no entanto, a campanha do Idec, recebeu até o momento 494 relatos, uma média de 14 reclamações por dia, ou seja, está evidente que o racionamento está ocorrendo, por isso, acreditamos que os dados serão extremamente importantes para ajudar a Arsesp concluir o mais rápido possível a investigação”, afirma a advogada do Idec e responsável pela campanha, Claudia Almeida.
Até o dia 28/07/14 foram registrados 494 relatos. Destes, 74% afirmam que falta água a noite, 9% de manhã, outros 13% durante o dia e a noite todos, e 5% somente a tarde. A frequência da falta de água ficou distribuída assim: todos os dias, uma vez por dia - 73%; mais de uma vez por semana - 17%; mais de uma vez por dia - 5% ; 1 vez por semana - 3%; uma vez por mês - 1%; mais de uma vez por mês - 1%. Além disso, de acordo com os relatos, as regiões mais afetadas com a falta de abastecimento de água são, respectivamente são: a zona Oeste (27%), Norte (23%), Sul (18%), Leste (24%) e Grande São Paulo (8%). Outro dado alarmante é que 57% dos participantes percebem comprometimento na qualidade de água.
O Idec espera que o processo investigatório da agência reguladora seja concluído rapidamente “a falta de água tem sido um fato notório e a necessidade de ser declarado o estado de racionamento é imprescindível, pois o abastecimento de água é um serviço essencial e deve ser tratado com prioridade pelo Estado e em total respeito aos direitos que regem a adequada prestação de serviço, como o direito à informação, direito a transparência e tratamento igualitário”, reforça Claudia.
O instituto aguardo o mais rápido possível que a Arsesp forneça respostas para a falta de abastecimento de água para a população e soluções para o problema. A campanha “To sem água” continua até o dia 31/07/14, dados complementares serão enviados para agência após essa data. Além da Arsesp, o governador do Estado de São Paulo e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) também receberam a carta.
Confira carta aqui.
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