Em discurso a empresários, Dilma defendeu que os serviços e produtos entregues ao consumidor, seja pela inciativa privada ou pelo governo, sejam de qualidade
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03/10/2012
Atualizado:
03/10/2012
“A defesa do consumidor é um dos elementos políticos dos mais importantes.” Essa afirmação foi feita pela presidente Dilma Rousseff, em um discurso realizado na segunda-feira (1º/10) durante a premiação Empresas Mais Admiradas no Brasil 2012, promovido pela revista CartaCapital.
Para uma plateia formada quase unicamente por empresários, Dilma previu uma grande mudança na sociedade brasileira, explicitando que essa nova classe média ficará cada vez mais exigente no que se refere à qualidade dos serviços. “É importante que tenhamos consciência de que os serviços entregues ao consumidor, do governo ou da iniciativa privada, sejam de qualidade”, declarou.
A presidente disse estranhar o debate surgido sobre como o Governo Federal tem priorizado o consumo em detrimento do desenvolvimento do País. A governante afirmou que o Brasil é respeitado internacionalmente por ter retirado da miséria uma população equivalente à da Argentina, para incluí-la no mercado de consumo. “Temos 194 milhões de habitantes e não seremos um país com uma distribuição de renda que não transforma em cidadãos consumidores a sua população”, disse ela.
Plataforma das Eleições
As declarações de Dilma Rousseff vão ao encontro das preocupação do Idec de inserir na pauta dos próximos governantes as necessidades do consumidor-cidadão. Em setembro, o Instituto, junto ao FNECDC (Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor), lançou a Plataforma dos Consumidores para as Eleições Municipais 2012, com o objetivo de fazer com que os candidatos à prefeitura nas eleições municipais de 7 de outubro demonstrassem comprometimento com a questão.
A adesão de apenas dois candidatos das grandes capitais (Hamilton Assis, do PSOL, candidato em Salvador, e Vanessa Portugal, do PSTU, candidata em Belo Horizonte) além de um candidato no município de Mogi das Cruzes (SP), Fernando Siqueira Muniz, do PPS, mostrou claramente a negligência dos candidatos.
“A Plataforma contém alguns direitos básicos do cidadão que infelizmente continuam a ser desrespeitados pelo poder público municipal. Assinar o documento certamente significaria assumir, de fato, compromissos e seria um gesto concreto em favor da cidadania”, afirma o coordenador executivo do Idec, Fulvio Giannella.