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Serviços financeiros e telefonia são maiores reclamações dos consumidores nos Procons

Ranking da Senacon aponta AES Eletropaulo como pior empresa no atendimento de consumidores; TAM e Carrefour também encabeçam a lista

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Atualizado: 

18/09/2012
A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) divulgou nesta terça-feira (18/9) os dados do Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas de 2011, que reúne dados de todos os Procons do País.
 
A empresa apontada como a que mantêm a pior performance entre todas foi a AES Eletropaulo, na área de energia elétrica, com um resultado de 25,9% na resolução de problemas. Isso significa que a cada 100 demandas recebidas, menos de 26 foram solucionadas pela companhia. Neste levantamento de 2011 passaram a figurar também as demandas e reclamações dos consumidores do Estado de São Paulo.
 
Em segundo lugar no ranking, está a companhia aérea TAM, que se mostra apta a resolver apenas 29,9% das reclamações dos clientes. O Carrefour segue em 3º lugar, com 33,6% das solicitações concluídas com sucesso. 
 
Segundo os dados divulgados, a média nacional de atendimentos bem sucedidos está por volta de 63%. O levantamento da secretaria abrange 19 mil empresas, mas o ranking levou em conta 1,69 milhão de atendimentos de consumidores. Desse total, 15% (ou 153 mil atendimentos) não têm solução imediata nos Procons e acabam virando processos administrativos nos órgãos (chamados de reclamações fundamentadas).
 
O ranking pode ser conferido aqui.
 
Mesmos personagens
O Idec ressalta que boa parte das empresas que estiveram nos primeiros lugares no ranking anterior, de 2010, mantiveram suas posições no atual ranking, o que revela pouca melhoria por parte das companhias. Entre elas estão Oi, Claro/Embratel, TIM/Intelig, VIVO/Telefônica, na telefonia móvel e fixa, Itau, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, entre as instituições financeiras e as redes varejistas B2W/Americanas e Casas Bahia/Ponto Frio.
 
Somando os assuntos mais reclamados, não há dúvida de que os setores mais problemáticos são:
 
  • - Aparelhos celulares (14,1%) + Serviço de telefonia celular (6,1%) + serviços de telefonia fixa (4,2%) = 24,4%
  • - Cartão de crédito (6,6%) + banco comercial (5,6%) + Financeira (3,5%) = 15,7%
 
“Isto é, apenas dois grupos de problemas relacionados (telefonia e aparelhos e setor financeiro) respondem por 40,1% de tudo que foi reclamado nos Procons em 2011!”, destaca o gerente técnico do Idec, Carlos Thadeu de Oliveira.
 
Ele aponta ainda que o percentual de queixas que poderiam ser resolvidas pelas empresas imediatamente se manteve em 84% entre os dois anos. Em outras palavras, antes de virarem reclamações (processos administrativos), as empresas resolveram os problemas mediante um simples telefonema dos Procons ou uma carta de informações preliminares (CIP). “Isso significa que não melhorou, de maneira geral, a capacidade das empresas resolverem os problemas antes que eles cheguem aos Procons”, completa Oliveira.