Com documento entregue à Prefeitura de São Paulo e cidades do ABC paulista, grupo pretende chamar atenção para a Semana da Mobilidade
separador
27/08/2012
Atualizado:
27/08/2012
O Idec e outras 33 organizações da sociedade civil entregaram uma solicitação à prefeitura de São Paulo para que o sistema de transporte público municipal não cobre tarifa no dia 22 de setembro, quando se comemora o Dia Mundial Sem Carro.
De acordo com as entidades que subscrevem o documento, o acesso gratuito a ônibus, metrô, trens e trólebus permitirá aos cidadãos uma experiência fundamental à valorização da mobilidade inclusiva, democrática e de menor impacto ambiental, além de atender à Política Nacional de Mobilidade Urbana (estabelecida pela Lei 12.587/2012), sancionada no início do ano, que prioriza o transporte público coletivo e não motorizado.
O documento foi entregue na prefeitura da capital paulista e na Secretaria Municipal de Transportes na quarta-feira (22/8), além de ter sido protocolado em cidades do ABC, entre elas Diadema, Santo André, São Bernardo do Campo e Ribeirão Pires. O ofício também argumenta que a medida, caso seja aprovada, reforçaria a realização de campanhas e programas para ganhar adeptos ao não uso de carros. Mas até o momento não houve resposta formal à proposta das organizações.
O pedido é uma das ações destinadas a chamar a atenção para a Semana da Mobilidade, que acontece em São Paulo entre os dias 16 e 22 de setembro. Diversas outras atividades estão sendo organizadas pelas entidades que integram o Coletivo de Mobilidade. Acompanhe a página de Mobilidade no Facebook do Idec para mais atividades na Semana da Mobilidade.
É importante destacar que uma das principais demandas do grupo é a elaboração de um Plano Municipal de Mobilidade e Transportes Sustentáveis para a Cidade. O plano deve incorporar diretrizes estratégicas e necessárias para garantir o acesso à cidade para todos os cidadãos, tais como:
- - Prioridade ao transporte público: ampliação da rede de metrô e implantação nas principais vias da cidade de corredores expressos de ônibus, que possibilitem a ultrapassagem;
- - A adequação das calçadas aos pedestres, cadeirantes e a todos os que nelas circulam. A Secretaria Municipal de Transporte poderia instituir um departamento para construir e fiscalizar as calçadas;
- - A criação de um plano de 500 quilômetros de rede cicloviária, somados a redes complementares nas 31 subprefeituras e a integração delas com o transporte público;
- - O adensamento populacional nas áreas centrais da cidade, que possuem melhor infraestrutura, e estímulo à descentralização de serviços e atividades para os bairros e subprefeituras da cidade – as duas medidas em integração com as políticas de habitação;
- - O estabelecimento de metas para cumprir o plano e um programa de educação sobre mobilidade com o objetivo de mudar o comportamento de motoristas, pedestres e ciclistas;
- - Participação popular na execução do plano, com a eleição e o funcionamento do Conselho Municipal de Transportes, e a criação de uma comissão de acompanhamento.