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Idec orienta consumidores na escolha do presente do Dia da Criança

<em>Na hora de optar por um brinquedo, os pais precisam estar atentos e verificar se as embalagens apresentam informa&ccedil;&otilde;es como idade a que se destina</em>

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Atualizado: 

04/08/2011

Com a aproximação do Dia da Criança, no dia 12 de outubro, muitos pais já começam a quebrar a cabeça para escolher o melhor presente para os filhos. E os brinquedos ocupam sempre o topo na lista de preferências da garotada. Apesar da enorme variedade de opções existentes no mercado, é importante tomar alguns cuidados na hora da compra, principalmente em relação à segurança e adequação à faixa etária. 

A certificação dos brinquedos é obrigatória. A logomarca do Inmetro deve aparecer ao lado do organismo certificador. Brinquedos sem o selo são perigosos por não trazerem nenhuma garantia de qualidade e segurança. Produtos comercializados por ambulantes, apesar de normalmente serem mais baratos que os comprados em lojas, devem ser evitados pelos potenciais riscos às crianças, já que podem não cumprir normas e regulamentos técnicos. 

Na hora de optar por um brinquedo, os pais precisam estar atentos e verificar se as embalagens apresentam informações como idade a que se destina, instruções de uso, número de peças e o que poderá causar se for usado de maneira inadequada. Além disso, é bom conferir se a matéria prima utilizada não é tóxica e à prova de fogo e se o produto tem pontas ou articulações que possam machucar. 

A preocupação com os brinquedos não deve ser a única a nortear os pais. É importante que eles estimulem os filhos a desenvolver a criatividade. Em entrevista à Revista do Idec, em novembro de 2008, a diretora da Coalizão pelo fim da Exploração Comercial Infantil, Susan Linn, se refere ao conjunto representado por TV, computador, videogame, celular e tocador de mp3 como "telas", que oferecem riscos ao pleno desenvolvimento da criança. Isso porque ela acaba adotando uma postura passiva, perdendo a oportunidade de exercer sua criatividade em jogos e brincadeiras, que acabam deixados de lado. 

Também é importante exigir e guardar a nota fiscal do produto para reclamar em caso de problema. Alguns brinquedos precisam de manual de instruções e possuem garantia do fabricante. Fique atento se o termo de garantia acompanha a embalagem e qual a rede técnica autorizada. 

O manual deve detalhar todas as especificações do item comprado, de forma clara. O CDC (Código de Defesa do Consumidor) estabelece que produtos duráveis tem prazo de garantia de 90, independente do prazo fornecido pelo fabricante. Os brinquedos importados seguem as mesmas regras dos nacionais, portanto não estão livres da determinação do CDC. 

Vale também consultar o vendedor sobre a possibilidade de troca da mercadoria e suas condições. Peça que esse compromisso conste por escrito na nota fiscal. Essa dica é especialmente relevante no caso de promoções ou saldos, pois nessas circunstâncias de compra nem sempre a loja possui estoque para troca. 

Se a compra for feita fora do estabelecimento comercial (telefone, catálogo, internet ou reembolso postal), o consumidor pode desistir da transação dentro de sete dias corridos, contados a partir da assinatura do contrato ou do recebimento da mercadoria. Nestes casos, o cancelamento deve ser feito por escrito, com comprovante protocolado. 

No caso de feira itinerante, bazar e shopping de descontos (outlets), não deixe de pedir a nota fiscal ou algum documento onde constem o nome, o endereço, o telefone e o CNPJ do fornecedor para que possa identificar o responsável em caso de problemas. 

A pesquisa de preços também é fundamental. Um levantamento do Procon-SP encontrou uma diferença de até 96,77% no preço de brinquedos vendidos na cidade de São Paulo. O levantamento aconteceu nos dias 8 e 9 de setembro. 

Mais do que uma data meramente comercial, os pais podem aproveitar o Dia da Criança para estimular os pequenos a ações como a doação de brinquedos usados a meninos e meninas carentes e para fazer passeios e programas em família. 

Outra opção interessante pode ser o acampamento ao lado de outros coleguinhas. De qualquer forma, é sempre bom levar em conta o gosto e o "espírito" da criança e adequar essas características à filosofia do acampamento, que pode priorizar a diversão, as atividades ecológicas, religiosas etc. Depois da escolha, exija um contrato detalhado por escrito e fique atento a questões de segurança. 

Levar os pequenos a um parque de diversões também é uma boa pedida, mas, nesse caso, pode requerer uma dose extra de paciência, além de pesar no bolso. Uma pesquisa realizada pelo Idec no ano passado em parques de diversão constatou que há exageros na publicidade e na venda de alimentos calóricos, com poucas opções saudáveis. Isso sem contar as entradas caras e as longas horas nas filas.