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Idec dá dicas para um bronzeamento seguro e duradouro

<p> <i>Al&eacute;m de orienta&ccedil;&otilde;es como evitar os hor&aacute;rios de pico e utilizar os protetores solares adequados, Instituto chama aten&ccedil;&atilde;o para as discuss&otilde;es em torno da proposta da Anvisa de proibir as c&acirc;maras de bronzeamento artificial no pa&iacute;s</i></p>

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Atualizado: 

04/08/2011

Com a chegada da primavera, surge também a expectativa de dias de sol e calor, que tendem a se manter até o fim do verão. É nessa época que cresce a procura por um bronzeado bonito e uniforme. Para alcançar a cor desejada, no entanto, é preciso tomar alguns cuidados com o sol e com os processos de bronzeamento artificial, classificados recentemente como cancerígenos.

A exposição ao sol sem proteção é terminantemente proibida. Apelar para o uso de bronzeadores para acelerar o processo de "queimar" a pele também não é recomendável porque esse tipo de produto capta as radiações ultravioletas com maior intensidade.

O ideal é tomar sol antes das 10h ou depois das 16h. Além disso, é importante usar o protetor de fator 15 ou 20. À medida que a pele for se acostumando, pode ser usado o fator 8 ou 10. Pessoas de pele clara são mais susceptíveis ao desenvolvimento de câncer de pele e devem utilizar produtos com, no mínimo, fator de proteção 30.

Os protetores não impedem o bronzeamento, como muitos acreditam, apenas permitem que ele seja mais seguro e duradouro.

No caso das crianças, o cuidado deve ser ainda maior. Além de evitar que fiquem expostos ao sol no horário de pico, os pais devem providenciar bonés e bloqueadores com fator de proteção 50 ou 60 para elas. Os pequenos também precisam ser hidratados constantemente.

Os efeitos dos raios ultravioletas são cumulativos e, mesmo que não apareçam no momento, podem se manifestar futuramente na forma de manchas, rugas e até câncer de pele. Por essa razão, prevenir é sempre a melhor opção.

Se mesmo com as dicas você abusar do sol e ficar com a pele ardendo e avermelhada, o jeito é tomar um banho frio por 10 a 15 minutos, usando apenas sabonete neutro. Faça compressas de soro fisiológico nas áreas mais irritadas. Fuja dos hidratantes com álcool em sua composição e do sol, mesmo usando bloqueador, por pelo menos três dias.

Bronzeamento artificial

Um dos recursos mais utilizados para quem quer manter um bronzeado constante, mesmo no inverno, as câmaras de bronzeamento artificial estão na mira da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O órgão regulador realizou uma audiência pública ontem (22) para discutir com a sociedade a proposta de proibição desses equipamentos para fins estéticos e receberá sugestões e críticas ao texto até 1º de outubro. A proibição não se aplica à emissão de radiação ultravioleta para terapias médicas. Veja detalhes sobre a consulta pública no site da Anvisa.

A proposta levou em conta o surgimento de novos indícios de agravos à saúde relacionados ao uso das câmaras de bronzeamento. Um grupo de trabalho da IARC (Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer), ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde), noticiou a inclusão da exposição às radiações ultravioleta na lista de práticas e produtos carcinogênicos para humanos. Antes, a agência classificava esses aparelhos como "prováveis cancerígenos".

A pesquisa eleva os equipamentos ao nível mais alto dos cancerígenos, o chamado grupo 1, ao lado do cigarro, do gás mostarda e do arsênio, por exemplo. O estudo da IARC constatou que o risco de desenvolver melanoma aumenta 75% nas pessoas que se submetem ao bronzeamento artificial pela primeira vez antes dos 35 anos - a maioria dos usuários são mulheres jovens.

Cerca de 126 mil casos de câncer de pele ocorreram no Brasil no ano passado. O Ministério da Saúde investiu em torno de R$ 24 milhões para assegurar o tratamento dos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).