Participantes discutem medidas para o controle veicular nas grandes cidades brasileiras
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28/02/2013
Atualizado:
28/02/2013
O Debate Automóvel e Consumo, organizado pelo Idec na última terça-feira (27/2), promoveu a discussão sobre mobilidade urbana e qualidade do ar, estimulando a reflexão sobre o controle de emissão veicular nas grandes cidades brasileiras. A mesa contou com a participação de Max Grünig, coordenador de Pesquisas na Europa sobre Transporte e Energia, no Ecologic Institute, da Alemanha. Ele destacou as possibilidades viáveis ao País, já implementadas em alguns países, entre as quais:
- — Congestion pricing (monetização de congestionamentos): em vigor em Londres, a regra impõe uma multa (cerca de 10 libras) para veículos que adentrarem zonas conhecidas por seus congestionamentos;
- — Parking management (controle de estacionamento): em funcionamento em Berlim, a regra visa a uma maior organização de áreas voltadas a veículos;
- — Bicycle oriented development (desenvolvimento orientado de bicicletas): a medida funciona em Copenhagen, oferecendo apoio e incentivo aos ciclistas;
- — Transport planning (planejamento de transportes): em andamento na pequena cidade francesa de La Rochelle, a medida tem facilitado a malha de transportes.
Representante da Semob (Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana), o gerente de projetos do Ministério das Cidades, João Alencar, abordou a Política Nacional de Mobilidade Urbana, a Política Nacional de Mudanças Climáticas e os instrumentos de redução do uso do automóvel por meio de uma acessibilidade universal dos cidadãos ao transporte público coletivo. Ele comentou também a importância da gestão de desenvolvimento e controle social para o planejamento e a avaliação da mobilidade urbana, destacando a justa distribuição dos benefícios e o ônus aos contribuintes, além da necessidade de incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico e o uso de energias renováveis.
Os últimos dois participantes da mesa foram o coordenador da área de mobilidade urbana do Iema (Instituto de Energia e Meio Ambiente), Renato Boareto, e o gerente do setor de avaliação de programas de transporte da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Marcelo Bales. A gestão no âmbito público foi o tema central das palestras. Eles abordaram o problema nas três esferas de governo, o aumento da frota de veículos e o de vítimas no trânsito e o impacto da deterioração dos 13,6 milhões de veículos registrados no estado de São Paulo (dados de 2011).